Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo
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Nesta semana foi a vez do mundial de taekwondo disputado na China e o Brasil teve uma campanha espetacular. Conseguiu duas medalhas de ouro com Maria Clara Pacheco e Henrique Marques, e duas pratas com Netinho e Milena Titoneli. Só Milena não esteve na Olimpíada de Paris. No quadro de medalhas, o 3º lugar, atrás apenas de Turquia e Coréia do Sul. Para que o leitor tenha ideia do resultado do Brasil, em toda a história, nosso país só tinha um ouro de Natalia Falavigna, em 2005.
O 1º ouro deste mundial veio com Maria Clara Pacheco na categoria 57kg. Ela tem apenas 22 anos. Surgiu como esperança após o bronze no mundial de 2023, foi à Olimpíada de Paris, mas perdeu na 2º luta. Agora fez uma campanha impressionante com cinco vitórias. Na semifinal revanche contra a chinesa campeã mundial de 2022, Luo Zongshi, que a havia eliminado em Paris. E na final bateu a sul-coreana atual campeã olímpica, Kim Yu-jin. Nas duas vitórias, não precisou do 3º round.
O 2º ouro veio com Henrique Marques na categoria 80kg. Também com cinco vitórias, só teve uma luta dramática na semifinal contra o russo Artem Mytarev em que perdeu o 2º round e no último venceu por 4 a 2. Na final contra o chinês Xiang Qizhang, a luta foi truncada, mas o brasileiro não precisou do 3º round. Henrique vem de família humilde e teve no esporte a sua redenção. Na carreira, superou uma arritmia cardíaca, que quase o afastou do esporte. Tem apenas 21 anos e na Olimpíada de Paris também parou na 2º luta.
Milena Titoneli tem 27 anos e uma carreira de muito sucesso. Já tinha dois bronzes em mundiais e quase conquistou medalha olímpica em Tóquio. Não fez um bom ciclo para Paris e acabou ficando fora. Mas agora teve um mundial mostrando a regularidade de toda carreira. Mesmo passando sufoco em duas lutas em que precisou do 3º round, chegou à final e só caiu para a húngara Luana Marton, agora bicampeã mundial nos 67kg.
A última medalha do Brasil veio justamente com o “mais famoso” do elenco, Edival Pontes, o Netinho. Atual bronze olímpico e vice mundial em 2022, repetiu a prata agora. Venceu quatro lutas e só parou no uzbeque Kosimkhojiev.
No mundial foram disputadas oito categorias masculinas e oito femininas. Na Olimpíada, são apenas quatro categorias em cada gênero. Esses quatro medalhistas brasileiros precisam continuar com bons resultados no ciclo olímpico para tentarem se classificar por ranking para 2028, sem precisar de eventos continentais.
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