Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo
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Na semana passada, aconteceu o torneio Finals de tênis de mesa, em Doha, no Catar, reunindo, como sempre, os melhores ranqueados do ano. O Brasil competiu com Hugo Calderano, eliminado logo na estreia pelo francês Felix Lebrun, e também na dupla mista, formada por Calderano e Bruna Takahashi.
A parceria fez uma boa campanha e, mesmo não avançando às semifinais, mostrou que tem totais chances de brigar por medalha olímpica.
No individual, Hugo Calderano não teve um final de ano bom, ao contrário do que aconteceu até a metade da temporada, quando se tornou campeão da Copa do Mundo e prata no Mundial, conquistas inéditas. Ele teve derrotas precoces em alguns torneios, mas, mesmo assim, termina a temporada em terceiro do ranking mundial.
Em se tratando de sonho de medalha olímpica, que escapou em Paris, novamente deverá ter muitas dificuldades com os dois chineses a serem escalados e outros ótimos jogadores, como o francês Felix Lebrun, o japonês Harimoto (ganhador do Finais) e o sueco Moregard.
Mas, neste ano de 2025, Calderano passou efetivamente a competir na dupla mista ao lado de sua namorada e também ótima jogadora, Bruna Takahashi. No individual, ela terminou o ano em 19º lugar.
A dupla teve ótimos resultados competindo em seis torneios: ouro no Campeonato Pan-Americano e no WTT de Buenos Aires, prata no WTT da Eslovênia e bronze no Smash da China. Conseguiram pontuação para o Finals, em que venceram um jogo e perderam dois. Hoje, a dupla mista brasileira ocupa a sexta posição no ranking, porém tem duas duplas chinesas no top-5.
Vale lembrar que, na Olimpíada, cada país só pode inscrever uma dupla. Hoje, dá para afirmar que a dupla brasileira só perderia de alguma dupla chinesa e da dupla coreana. Para a dupla japonesa Sora Matshushima/ Miwa Harimoto há um equilíbrio. No Finals, o Brasil perdeu por 3 a 2, com um 5º set dramático. Calderano/Bruna fizeram um bom jogo e tinham condições de vencer e chegar nas semifinais. A outra dupla à frente do Brasil, Chun Ting Wong e Hoi Kem Doo, de Hong Hong, também é do mesmo nível.
É fundamental que Calderano e Bruna possam competir nas principais competições em 2026 e 2027 para que possam chegar na Olimpíada de Los Angeles como cabeças de chave 3 ou 4 e só enfrentar as duplas da China e Coreia do Sul em uma semifinal. É a maior chance da história do tênis de mesa brasileiro em conquistar uma medalha.
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