Mentor e conselheiro de startups há mais de quatro anos, formado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e com especializações pela UFRJ e Unyleya. Hoje, atua como diretor de Operações da Casa Azul Ventures, já tendo mentorado mais de 100 startups e avaliado mais de 1.000 em diversos programas nacionais e internacionais. Também atua como gerente de Novos Negócios no Grupo de Comunicação O POVO.
O lema, utilizado por muitos ativistas e pessoas que querem transformar o mundo, comumente fala “think global, build local”. Onde reforça que você precisa pensar no todo e na problemática global, mas pode fazer a diferença olhando para seu ambiente local.
A narrativa faz muito sentido, e no Vale do Silício, já ouvi algumas vezes essa narrativa aplicada para o mundo de startups. Entretanto, quando vejo o que alguns empreendedores vem construindo nas suas empresas, me faz pensar que: os empreendedores não entenderam o que esse mantra quer dizer; ou sequer ouviram falar.
Vejo muita startup sendo criada, para resolver o problema de uma cidade, de um estado ou, no máximo, de um país. Mas quando pensamos na economia exponencial, o foco precisa ser O Mundo.
Claro que devemos pensar nas particularidades e pluralidades que o mundo nos proporciona, mas teu produto precisa ser adequado para todos! Pensar local, limita a startup e faz o empreendedor não se arriscar para caminhos mais desafiadores.
E quando o empreendedor começa a montar sua startup, já querendo ter 5 planos, modelo de vendas no touch e etc. Pensando que já precisa ser global no primeiro dia de operação. E isso, na maioria das vezes, não funciona. Empreendedores precisam construir para fazer as coisas acontecerem, localmente. No futuro ele se torna global.
As startups e seus respectivos empreendedores precisam nascer com a mentalidade de que o mundo será o destino final. Esse pensamento, cria uma visão de futuro e ambição dos empreendedores que entusiasma aqueles que ficam por perto.
Entretanto, ao pensar no mundo, os empreendedores precisam saber de quais são as limitações atuais e quais são as validações necessárias para lançar o produto localmente. Com o produto sendo local, empreendedores precisam saber quais as características que são relacionadas ao “local” e o que precisa ser adaptado para se tornar “global”.
Não significa que todos estão com essa mentalidade, mas a provocação é necessária: entregar só para o Brasil não é desafiador suficiente para construir empreendedores bem sucedidos.
Não concordam? Me encontrem: mauricio.cardoso@cassaazul.vc
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