Além do cenário de apreensão causado pela pandemia do novo coronavírus na área da saúde, a repercussão do impacto do vírus na economia tem deixado economistas, chefes de estado, e claro, toda a população, de cabelo em pé. A queda abrupta do consumo devido as (corretas) medidas protetivas de isolamento e a consequente baixa de produtividade apontam para um cenário de explosão do número de desempregados e desalentados.

A taxa de desemprego antes da explosão do novo coronavírus estava em 11,2%, enquanto os chamados desalentados, pessoas que já nem procuram mais emprego e desistiram de buscar uma recolocação no mercado, era de de 4,7%. A taxa de desocupação no Ceará foi de 10,1% no último trimestre de 2019, decrescendo em relação ao trimestre de julho a setembro (11,3%).

Mais de 65 milhões de pessoas já estão sem emprego no país.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), é a responsável por levantar os principais indicadores do mercado de trabalho, que são divulgados trimestralmente. Realizada pelo IBGE, a Pnad também foi afetada pelo coronavírus, suas entrevistas domiciliares foram suspensas e a coleta sofrerá atraso. O certo é que os próximos números da pesquisa ainda não trarão a dimensão real dos impactos desta crise, uma vez que agora é que adentramos essa grande e espessa nuvem de incertezas.

Economistas projetam uma taxa de desemprego que varia de 13% até 18% para o fim de 2020. O país poderá viver uma realidade inédita que demandará esforços igualmente extraordinários por parte da equipe econômica que já sinaliza alguns pacotes de ajuda imediata. Resta saber se essas medidas tem envergadura para enfrentar essa que sem dúvidas é uma das piores crises que o país já enfrentou.