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Como o coronavírus está afetando a desvalorização do real frente ao dólar
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Jornalista do O POVO. Escreve sobre educação financeira, investimentos, mercados e notícias de economia.

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Como o coronavírus está afetando a desvalorização do real frente ao dólar

Tipo Opinião
Covid-19 e a economia (Foto: covid)
Foto: covid Covid-19 e a economia

O coronavírus não está só pondo em xeque as estruturas de saúde ao redor do mundo, mas também a capacidade de absorção dos impactos econômicos que ele causa, principalmente em países emergentes como o Brasil.

Um dos primeiros sinais desta nova crise é a forte desvalorização do real frente a moeda americana. Na hora que escrevo essa coluna o dólar está sendo cotado a cinco reais e segue oscilando. Isso ocorre porque existe uma procura maior de compra da moeda do que de venda.

Mas por que estão todos comprando dólar?

Esse já é um efeito comum em tempos de crise. Sempre que um ambiente de incertezas e volatilidade se apresenta, os investidores, principalmente os maiores, recorrem a uma estratégia chamada “Flight to Quality”, em português, fuga para qualidade. Eles buscam investimentos mais seguros e como o próprio nome diz, com qualidade. Talvez o que mais se encaixe nessa definição sejam os “treasury bonds”, tít0ulos do tesouro americano. Esses títulos são considerados os investimentos mais seguros do mundo, embora sua rentabilidade seja bem pequena em comparação com outros tipos de investimentos.

Com uma combinação da crise do petróleo e a pandemia do coronavírus o efeito é potencializado. Só em 2020 a moeda americana acumulou uma alta de mais de 25% até o dia de hoje. Outros fatores também influenciaram nessa expressiva alta do dólar, como a redução da taxa de juros brasileira, que já está no menor patamar da história e não para de cair. Com a taxa SELIC a 3,75% ao ano, investir na economia brasileira perde atratividade, já que investidores estrangeiros querem um prêmio maior, ou seja, juros maiores, para assumirem o risco de alocar seus recursos aqui.

Por outro lado, uma taxa de juros baixa incentiva a economia local barateando o crédito e gerando um aumento do consumo e consequentemente da produção.

Em breve trarei conteúdos com alternativas para que os pequenos investidores possam se expor ao dólar através de ETF’s que repliquem os índices dos “treasury bonds” e assim diversificarem a sua carteira.

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