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O clima no estúdio Daedalic segue tenso após o lançamento do jogo The Lord of the Rings: Gollum. O título que alcançou a pior nota do ano (até então) no Metacritic, continua demolindo a reputação do estúdio alemão que decidiu parar de vez de produzir novos jogos.

Segundo reportagem do site Game Developer, além de encerrar sua produção, o estúdio teria demitido quase 30% dos funcionários do estúdio seguindo o impacto da recepção extremamente negativa por parte dos jogadores e audiências em geral.

O caso da Daedalic não é o primeiro que vimos de um jogo que claramente não estava finalizado na data de seu lançamento. A CD Projekt Red, famoso estúdio da franquia The Witcher, lançou em 2020, repleto de bugs e problemas de performance, o jogo Cyberpunk 2077, que também recebeu uma série de críticas negativas da comunidade além de denúncias de desenvolvedores sofrendo com Burnout por conta da pressão para ser lançado logo.

Lembro ainda de outros títulos mal sucedidos em seus lançamentos, como No Man's Sky e Fallout 76. Ambos com problemas nos jogos e críticas da comunidade. A diferença entre eles e o caso da Daedalic é que os outros optaram por lançar patches de correção que, com o tempo, “consertaram” os jogos, diminuindo o impacto negativo ao longo do tempo.

E, claro, não se pode esquecer que há também uma diferença de estrutura entre estúdios grandes e estúdios menores quando se trata de assimilar um impacto negativo não só na reputação, mas na receita também. Afinal, money talks!

Ainda segundo o Game Developer um novo jogo dentro do universo de O Senhor dos Anéis, teve seu desenvolvimento interrompido seguindo as novas diretrizes do estúdio. Uma pena, devo dizer, já que adoro qualquer coisa da franquia - Menos Gollum, claro.

Nesse jogo de pressão por entregar resultados no menor tempo possível todos os envolvidos, direta e indiretamente, parecem perder. Estúdios, desenvolvedores, a indústria como um todo e acima de todos eles, nós, os consumidores.