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Gamer experimenta jogo de terror e acaba gostando
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Miguel Pontes é Streamer de Games na Twitch. Host, editor e produtor do Mais Um Podcast de Games e da Comunidade Nerd do O POVO. Pesquisador da Central de Jornalismo de Dados - Datadoc e Acervo O POVO. Neste espaço, vai falar sobre jogos, noticiar eventos, analisar games e opinar sobre a indústria de jogos

Gamer experimenta jogo de terror e acaba gostando

Recentemente, motivado pelo episódio do Play-Bufo, sobre dicas de jogos que dão medo, decidi me aventurar pelo gênero de terror e suspense. - Ave Maria três vezes e faz o sinal da cruz ai!
Dead Space é um jogo de terror espacial lançado pela EA em 2008. (Foto: Eletronic Arts | Divulgação)
Foto: Eletronic Arts | Divulgação Dead Space é um jogo de terror espacial lançado pela EA em 2008.

Os que me acompanham nas redes sociais e nas lives no meu canal da Twitch, sabem que morro de medo de jogos de terror por conta do “jump scare”, que é quando algo salta a sua tela com o intuito de te assustar. Adoro isso em filmes, mas não curto em jogos.

Pois bem, ando me desafiando em um jogo que foi quase uma unanimidade de indicações no episódio do meu podcast aqui no O POVO sobre jogos de terror, o "Play-Bufo! #08 - Jogos que dão medo". O jogo em questão é o Dead Space, originalmente lançado em 2008 pela Eletronic Arts e que ganhou uma remake para a nova geração de games no inicio deste ano - Estou jogando a versão original mesmo.

Para quem nunca ouviu falar, o jogo mistura terror, suspense, muitos corpos multilados e um sentimento de claustrofobia em uma nave espacial abandonada e repleta de monstros que querem te matar. Você tem uma missão a cumprir, seus “amigos” não podem te ajudar e tudo nesse local quer te partir ao meio. A receita perfeita para me fazer abandonar na primeira meia hora. Mas... não é que tomei gosto pela coisa?

Já se foram quase 20 horas de jogatina no título. Algumas dezenas de vezes em que morri miseravelmente partido em vários pedaços. Um tanto de quilômetros percorridos em corredores apertados, com medo de olhar pra trás, e um quase incontável número de sustos que levei.

As obras de terror parecem exercer um fascínio nas pessoas à medida que se vai jogando e jogando, e se envolvendo no enredo. Se perdendo na trilha sonora, na sensação de suspense. Tentando inútilmente antecipar um susto. Essa conjunção de fatores acaba fazendo com que, estranhamente, me sinta parte da obra. O protagonista tentanto sobreviber e completar a missão.

Em meio ao caos, propositalmente, planejado pra te fazer pensar rápido e tomar ações que determinarão a sua sobrevivencia no game ou o número de vezes que irá reiniciar a fase novamente, o jogador acaba por entrar em uma modo automático de ação e reação. Correr, atirar, não morrer e se assustar. Se assustar muito! - E tome reza minino...

O medo é um sentimento genuinamente imprevisível, assim como a emoção ou o riso. E lidar com isso sem saber o que vai acontecer depois que dobrar o corredor ou como irei reagir ao abrir a próxima porta é simplesmente viciante. Aliás, o sonho de consumo de todo desenvolvedor de jogos é que o jogador interaja com a obra. Missão cumprida camarada. 

Mal posso esperar para jogar os outros dois títulos da franquia e quem sabe me abrir para outras experiências semelhantes e outros jogos com a mesma temática. Tudo com bastante calma, muito medo e praguejando sempre a cada novo pulo da cadeira. Afinal não se deixa de ser medroso do dia pra noite. Ou melhor, de um jogo para outro.

 

 

 

 

Escute o episódio do Play-Bufo que inspirou essa coluna

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