Polêmica da Unity: A terceira lei de Newton aplicada a indústria dos games
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Miguel Pontes é Streamer de Games na Twitch. Host, editor e produtor do Mais Um Podcast de Games e da Comunidade Nerd do O POVO. Pesquisador da Central de Jornalismo de Dados - Datadoc e Acervo O POVO. Neste espaço, vai falar sobre jogos, noticiar eventos, analisar games e opinar sobre a indústria de jogos
Polêmica da Unity: A terceira lei de Newton aplicada a indústria dos games
A Unity Technologies, proprietária do motor gráfico Unity, anunciou mudança em sua política de cobrança que sacudiu a comunidade de desenvolvedores e estúdios independentes
Foto: Reprodução | Unity Technologies
Unity anuncia mudança em seu plano de cobranças e comunidade de desenvolvedores de jogos reagem mal as novas diretivas da empresa
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Alguns de vocês devem estar familiarizados com a famosa terceira lei de Newton, que diz que "para toda a força de ação aplicada a um corpo, surge uma força de reação de um corpo diferente". Bem... simplificando um pouco o conceito de um dos mestres da física e aplicando aos games, ou melhor a indústria dos games e como ela se comporta, temos aqui mais um não tão raro caso de mudança (ação) que pegou tão mal (reação) que a empresa teve de voltar atrás.
Explico... neste setembro de 2023, a Unity Technologies, empresa proprietária do motor gráfico Unity, um dos mais utilizados no mundo para desenvolvimento de jogos, publicou uma atualização de sua política de cobrança para o ano de 2024, inicialmente pretendendo cobrar um valor extra mensal por cada download de jogos produzidos com seu motor gráfico, que fossem instalados ou reinstalados pelos usuários, desde que os jogos em questão tivessem ultrapassado a quantia $200 mil dólares em vendas ou 200 mil unidades instaladas no último ano.
Tal qual a terceira lei de Newton, a "ação"da Unity gerou uma onda de "reações"negativas e críticas por parte da comunidade de desenvolvedores, dos pequenos e médios estúdios e dos gamers em geral, que saíram em defesa dos seus favoritos, levando a empresa publicar um pedido de desculpas no X (antigo Twitter) falando que "ouviu a comunidade, consumidores e parceiros, e faria mudanças em sua política de cobranças". Prometeu anunciar em breve uma nova "proposta".
Mudanças em planos de serviço, no geral, não são novidades para ninguém - né Netflix? - mas, o que chamou atenção mesmo foi o teor da mudança e a forma como ela impactaria diretamente os desenvolvedores independentes, a própria indústria e por fim o usuário final. Ou seja, eu e você aí do outro lado.
Há de ser considerado que a questão requer um estudo muito mais aprofundado sobre o assunto. Como ficariam os jogos gratuitos desenvolvidos no motor? Imagine para um estúdio menor pagar por cada vez que o usuário instala o jogo passado o limite mínimo estipulado, mesmo sem comprar, gerando um valor que no longo prazo tornaria o projeto inviável. Ou com o custo repassado para o jogador final.
É nessas horas que as redes sociais exercem seu melhor papel, o chamado "Hate do Bem", que acaba por virar o jogo todo. Agora é aguardar a próxima ação da Unity e torcer para que a reação da comunidade seja positiva e vantajosa para todos nós.
+Ei, sabia que no ultimo episódio do Mais Um Podcast de Games nós comentamos um pouco sobre essa polêmica da Unity e nossas impressões sobre a Playstation State of Play e a Nintendo Direct? Não? Pois se liga ai embaixo e ouça o episódio 45 do nosso podcast. Depois volta aqui e me fala o que achou.
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