Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
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Mesmo com a redução da Selic ao menor patamar da sua história, o Governo Federal caminha para um gasto maior de juros, e isso deve ocorrer em função do aumento da dívida. Atualmente, a União tem um déficit de R$ 906 bilhões somente com pagamento do auxílio emergencial, socorro aos estados e municípios, e programas para a manutenção do emprego.
Diante da situação que exige recursos para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, existe a possibilidade de emissão de títulos públicos como fonte de recursos. O custo para esse tipo de operação é alto (em alguns casos, o dobro da Selic é pago como prêmio no mercado).
Para diminuir a velocidade desse endividamento, a saída defendida pela equipe do Tesouro Nacional passa pela proposta do deputado Mauro Filho (PDT-CE): a utilização de recursos de 29 fundos federais, no valor de aproximadamente R$ 177 bilhões. O PLP 137, que propõe essa reposição dessas perdas, deve ser votado até quinta-feira.
Esses recursos não estão sendo utilizados pelo caixa do Tesouro e os fundos não serão extintos, mas fariam o governo não ter de recorrer ao mercado financeiro - portanto, não significaria autorização para gastar mais.
Tesouro Nacional
O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, já anunciou que deixará o cargo, mas ele promete apresentar hoje o relatório com o balanço dos gastos do Tesouro Nacional. Os dados devem ser divulgados depois da apresentação do PLP 137, cuja relatoria ficará com o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA).
Governo
O economista Marcos Lisboa, presidente do Insper, levantou ontem a voz contra a proposta que permite ao governo utilizar recursos de fundos já existentes para pagar gastos que estão sendo efetuados. E fica a pergunta sobre o que seria melhor: emitir moeda? Vender títulos no mercado? Ou não prestar assistência em um momento como esse?
A grande verdade é que o País precisa ajustar suas contas, mas também buscar saídas para não ficar nas mãos somente nas mãos do mercado.
TV O POVO
O presidente da ABIH-CE, Régis Medeiros, é entrevistado hoje, às 18 horas, no O POVO Economia da TV O POVO/Futura. Ele falará sobre as ações para o turismo e o setor de eventos nesse período de crise.
Leilões online
O Banco do Brasil e o Santander estão utilizando plataformas digitais para a venda de imóveis. Ambas as instituições realizam, até amanhã, um leilão de imóveis com descontos até 70%. No caso do Banco do Brasil, são 713 propriedades, das quais três no interior do Ceará (Tabuleiro do Norte, Morada Nova e Camocim). A comercialização é através da plataforma www.seuimovelbb.com.br.
No caso do Santander, foram selecionadas 718 propriedades principalmente no Sudeste do País, através do Santander Imóveis.
Supermercado
As empresas de consultoria têm dedicado tempo e dinheiro para tentar entender o consumidor. O desafio é decifrar os interesses do mercado após a pandemia de coronavírus. Pelo levantamento da Social Miner, depois que tudo isso passar, 62,7% dos consumidores pretendem mesclar as compras de supermercado entre o online e o offline. Apenas 10,9% estão decididos a consumir apenas online.
Caso o resultado da pesquisa se concretize, essa é um alerta para alguns supermercados locais, cujos aplicativos ainda precisam de melhoras para atender o consumidor.
Inovação
O Sebrae e a Petrobras ampliaram o prazo de inscrições do edital do programa Petrobras Conexões para Inovação. As pequenas empresas de base tecnológica podem entregar os seus dados até a próxima sexta-feira (3/7). Os candidatos disputarão uma verba total de até R$10 milhões para a realização de projetos.
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