Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
Dois anos após a parceria entre o Porto de Roterdã e o Complexo Industrial do Porto do Pecém (Cipp), os resultados estão aquém do esperado. A ZPE reflete bem essa situação: diferente da dinamização prevista com menos burocracia e atração de empresas, até o momento o impacto da atração dos parceiros holandeses ainda está sendo aguardado.
Em 2018, ocorreu uma parada brusca da ZPE para a efetivação do acordo com Roterdã. Com um investimento de aproximadamente 75 milhões de euros (cerca de R$ 364 milhões), a proposta era de uma movimentação no porto de 45 milhões de toneladas de produtos até 2030.
Com a parceria, muitos projetos da ZPE não andaram, aguardando uma reformulação da empresa - entre esses projetos, estão as ações junto aos setores de granito, mineração, polo calçadista e de geração de energia. Também ainda é esperada a expansão da área com cercamento, terraplanagem e plano diretor, conforme prometido na época.
Acordo 1
Fontes que acompanharam os bastidores entre o Porto de Roterdã e o Cipp contam que as primeiras negociações ocorreram em 2016, seguindo um acordo de confidencialidade. Em julho de 2018, houve a aquisição de 10 milhões de ações do Cipp, responsável pela administração da ZPE através de memorando de entendimento. Em dezembro, as negociações foram finalizadas, com a integralização de R$ 233 milhões, o equivalente a 30% do capital social do Cipp.
Acordo 2
Nos bastidores, o que se comenta é que a ZPE dispunha de uma área de 2,3 mil hectares completamente livres, oriundos do frustrado acordo com a Petrobras para ceder, arrendar ou realizar qualquer outra modalidade de alienação de interesse do investidor, mas nada foi feito.
Os holandeses, logo quando chegaram ao Pecém, teriam tentado alterar a legislação da ZPE para adaptá-la aos novos interesses, sob a premissa de geração de emprego e renda, mas o que ocorreu de efetivo foi a demissão de 85 funcionários na época.
Acordo 3
Vale ressaltar, mais uma vez, a importância do Cipp e da ZPE para o Ceará. Pelas últimas informações divulgadas, mesmo no atual momento, o Pecém permaneceu gerando empregos, mas o projeto possui potencial muito maior.
Com a pandemia, há um redesenho mundial da produção, e empresários europeus e até da América Latinha estudam novos locais para investir. A ZPE possui atrativos tributários importantes e isso deve ser utilizado.
TV
O POVO Economia desta semana trata da renegociação de contratos trabalhistas na tentativa de retomada da economia. Os entrevistados são Emanuel Pessoa, doutor em Direito Econômico; e Johnatan Abreu, professor e consultor. O programa será exibido na TV O POVO, às 18 horas.
Rede Emancipa
A Rede Emancipa chega ao Ceará através da implantação de programa de jovens LGBT no Jangurussu. O projeto no Estado ainda é inicial, mas, desde o começo da pandemia da Covid-19, a Rede que atuava com programas de aulas de cursinho gratuito passou a ouvir as necessidades de comunidades de baixa renda. A partir desse trabalho foi iniciada a Campanha de Solidariedade Ativa, que está na sua terceira etapa. O objetivo agora é arrecadar, até 15 de agosto, R$ 40 mil para a compra de cestas básicas, produtos de limpeza e higiene, EPI e auxílio gás para pessoas em dificuldade em várias partes do País.
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