Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
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Em meio à pandemia de coronavírus, na qual várias empresas perderam a possibilidade de prosseguir os seus negócios, uma atividade permanece crescendo e com perspectiva de melhorias: trata-se do segmento de energias renováveis.
Em relação a outras fontes de produção de energia, o setor foi afetado em menor escala pela crise, e ainda acabou favorecido pelo apelo ambiental. O Ceará tem se destacado no segmento energético e há um entusiasmo com a possibilidade de novos negócios.
O coordenador do Núcleo de Energia da Fiec, Joaquim Rolim, festeja a grande perspectiva mundial do setor, que já é competitivo economicamente. Na avaliação do empresário, o "novo normal" reforçou necessidades ambientais e de sustentabilidade.
Documento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que aponta um caminho para melhor infraestrutura na América Latina e no Caribe também coloca a energia solar gerada em casa entre os investimentos que ajudarão a impulsionar as economias assim que a pandemia passar. O documento "De estruturas a serviços" tenta estabelecer um roteiro para o futuro e mostra a importância da economia sustentável.
Infraestrutura
US$ 3 TRILHÕES NO CAIXA
Há uma preocupação do BID com os compromissos assumidos com o Acordo de Paris, que obriga os países a desenvolverem uma infraestrutura limpa, através de uma matriz energética com emissão líquida zero de carbono. Ou seja: as energias solar e eólica serão as mais favorecidas. Portanto, a recuperação econômica deve ser auxiliada pela atração de recursos que incluam esses setores.
Os números do BID revelam que os fundos de pensão da América Latina possuem mais de US$ 3 trilhões e estão investindo apenas 1% dos seus ativos em infraestrutura - um fato que precisa mudar.
Eólica e solar 1
COMPETITIVIDADE ECONÔMICA
As energias renováveis, na visão de Joaquim Rolim, representam uma dádiva da natureza. E esse é um dos fatores que influenciam os resultados positivos da atividade e a sua maior competitividade econômica: não ter custo operacional de combustível.
Houve também recorde na geração eólica no último dia 21 de junho; e o Nordeste passou a exportar energia para as demais regiões do País. "Na energia solar, o crescimento continua sendo um expoente", reforça ele.
"Ocorreu um impacto dos cronogramas das obras de instalações de novos parques eólicos e solares, e nos leilões federais de energia (foram adiados os que seriam realizados neste primeiro semestre, pela baixa demanda atual de energia)", explica.
Eólica e solar 2
MAIS LICENCIAMENTOS E FISCALIZAÇÃO
O governo do estado está atento às possibilidades de negócios e resolveu facilitar a implantação das companhias. A Semace promete tirar as amarras dos licenciamentos e ampliar a fiscalização das instalações.
"Compre do Ceará"
DESTAQUE DOS ALIMENTOS
Empresas da área de alimentos abraçaram o programa "Compre do Ceará". As companhias locais estão adequando os seus produtos para destacar a marca da campanha. O presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC) e do Sindialimentos, André Siqueira, ressalta que a ideia é diferenciar os itens produzidos no estado. O sindicato possui 130 empresas associadas e espera tanto uma adesão gradual de todas as marcas quanto uma adequação desses itens nas gôndolas dos supermercados, com o destaque dos produtos locais
Alta de 145%
COMÉRCIO ELETRÔNICO
A pandemia deve aumentar a demanda por profissionais capacitados nas áreas de logística e e-commerce. Pelos cálculos da plataforma Nuvemshop, o comércio eletrônico encerrou o primeiro semestre de 2020 com um aumento de 145% nas vendas e tornou-se a principal fonte de renda do varejo. A tendência é de ampliação do mercado online, mesmo com a reabertura das lojas físicas.
TV O POVO ECONOMIA
O POVO Economia de hoje recebe os consultores Célio Fernando e Luís Eduardo Barros para discutir sobre a retomada de alguns setores da economia. O programa será exibido às 18 horas, na TV O POVO/Futura.
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