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Auxílio emergencial valoriza poupança
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Auxílio emergencial valoriza poupança

Tipo Opinião

O volume de aplicações financeiras realizadas por pessoas físicas aumentou 3,2% no primeiro semestre, em relação ao que foi acumulado em 2019. A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) fez um balanço e constatou a marca de R$ 3,37 trilhões investidos, puxados principalmente pelos depósitos do auxílio emergencial na poupança.

Muita gente que nunca investiu passou a ter um dinheiro guardado e esse movimento gerou um recorde na captação da caderneta em abril (R$ 30,5 bilhões); em maio, esse volume subiu para R$ 37,2 bilhões, havendo assim uma elevação de 17,5 milhões de contas-poupança no semestre.

Todas as regiões do País perceberam essa mudança; no Nordeste, o crescimento foi de 37,5%. Esse movimento é considerado positivo por analistas de mercado, já que a poupança é tida como uma porta de entrada para outras aplicações.

A criação de uma reserva financeira por milhares de brasileiros reforça o argumento da necessidade de programas de renda mínima. Ou seja: quando há entrada de recursos, eles vão para o consumo, mas uma parte deles também pode ser guardada. Isso desmistifica um pouco o argumento de que o problema do brasileiro consiste apenas na falta de uma cultura financeira - eis outra lição da pandemia.

Severino Ramalho Neto, dos Mercadinhos São Luiz
Foto: JOÃO FILHO TAVARES
Severino Ramalho Neto, dos Mercadinhos São Luiz

São Luiz 1

INVESTIMENTO ONLINE E OFFLINE

O presidente dos Mercadinhos São Luís, Severino Ramalho Neto, tem destacado as mudanças rápidas no mercado, com as vendas online e as famílias passando mais tempo em casa. Foi surpresa a disparada da venda do milho de pipoca, que chegou a faltar em algumas prateleiras.

Nessa nova fase de reabertura da economia, a empresa pretende criar o próprio delivery, em parceria com uma empresa nacional, e se prepara para abrir mais uma loja física. Apesar disso, os investimentos estão sendo repensados em intervalos menores de tempo para se ajustar à demanda.

São Luiz 2

VINHO EM ALTA; PERU EM BAIXA?

As redes de supermercado fazem as contas pensando no Natal e no Réveillon. Com o dólar e o euro em alta, as apostas se concentram em vinhos e espumantes nacionais, mas a dificuldade está na compra de peru: como as festas devem ser menores e a renda do brasileiro está achatada, ainda estão sendo feitos os cálculos para saber a quantidade de aves que devem ser adquiridas.

TV

O POVO ECONOMIA

O POVO Economia desta semana discutirá as ações sociais realizadas durante a pandemia. Os convidados são Annette Castro e Vera Lima, do Grupo Mulheres do Brasil no Ceará, e Edgar Cruz, coordenador social do Instituto JCPM.

Dinheiro

CARTEIRAS DE APLICAÇÕES

Os recursos da poupança tradicionalmente são utilizados na área imobiliária. Este ano, os aportes começaram a fazer parte da composição das carteiras. Pelos dados da Anbima, eles chegaram a 68,8% das alocações do varejo tradicional.

Dia dos Pais

VAREJO FLEXIBILIZADO

O Dia dos Pais ajudou a movimentar o comércio neste início de agosto, mas alguns shoppings e centros comerciais preferiram flexibilizar o atendimento e deixar a cargo do lojista a decisão de abrir ou não no domingo. Talvez essa seja uma nova tendência criada pelo comércio: o funcionamento híbrido (online e offline).

Celso Furtado

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

O centenário do economista Celso Furtado tem ajudado a pensar o momento. Nos dias 12 e 13, às 15 horas, haverá o seminário "100 anos de Celso Furtado: que desenvolvimento queremos para o Brasil?". O evento é promovido pela Assembleia Legislativa, através da Escola Superior do Parlamento Cearense e do Instituto de Planejamento de Fortaleza, por meio do Observatório de Fortaleza. A transmissão será online, pelos canais do YouTube do Observatório de Fortaleza e da Unipace, com a participação do ex-ministro Celso Amorim e da economista Tânia Bacelar.

 

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