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Imóveis: lançamentos devem movimentar R$ 2,2 bi
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Imóveis: lançamentos devem movimentar R$ 2,2 bi

Tipo Análise

O mercado de imóveis tem reagido. Com juros mais baixos e controle dos estoques, começam a surgir novos lançamentos.

O presidente do Conselho de Corretores de Imóveis do Ceará (Creci-CE), Tibério Benevides, está otimista. Ele conta que, inicialmente, esperavam-se entre R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões em lançamentos, incluindo todos os segmentos no mercado local. Com a pandemia, especulava-se uma redução para algo em torno de R$ 1,5 bilhão a R$ 1,7 bilhão.

Com os últimos resultados, e a preparação de várias empresas para realizar lançamentos, já se aposta na movimentação de R$ 2,2 bilhões com o lançamento de novos imóveis. O setor residencial é a grande aposta das construtoras, junto com o setor de multipropriedades (onde compra-se a participação em imóveis que podem ser usados na área de turismo).

A nova versão do "Minha Casa, Minha Vida", que está sendo chamado agora de "Casa Verde Amarela", deve contribuir com a melhora do setor, principalmente no Norte e Nordeste, onde o poder aquisitivo das pessoas é mais baixo - pelo menos essa é a expectativa do setor.

Vale lembrar que a economia funciona em ciclos: a construção civil é importante para a geração de emprego e é necessário garantir renda e emprego com um mínimo de formalidade para que as pessoas se sintam seguras para fazer investimentos de longo prazo como esse. A questão é quem começa primeiro: a renda propiciada pela volta do mercado ou a demanda gerada pelo emprego que pode ser gerado.

 

Presidente da VCI, Samuel Sicchierolli
Foto: Divulgação
Presidente da VCI, Samuel Sicchierolli

Multipropriedades

VALORIZAÇÃO ACIMA DE 40%

O presidente da VCI, empresa responsável pela marca Hard Rock no Brasil, Samuel Sicchierolli (foto), conta que a área de multipropriedades esperava movimentar R$ 25 bilhões no País este ano. Com a pandemia, os números foram redimensionados e devem chegar a R$ 15 bilhões. Apesar disso, as propriedades continuam com uma valorização acima de 40% ao ano.

No Ceará, o empreendimento da VCI com a marca Hard Rock, que deve ser inaugurado em dezembro de 2021, tem conseguido manter o volume de vendas esperado.

 

Residenciais

MENOS PROMOÇÕES

Apesar da conjuntura difícil, os corretores percebem um aquecimento das vendas no Ceará. Loteamentos em algumas cidades do interior e residenciais de praia chegaram a ter elevação nos preços. Tibério Benevides acredita que ocorre o fim de um ciclo, e as promoções realizadas até o primeiro semestre não devem ocorrer mais. "Houve uma redução dos estoques", acrescenta.

Quem comprou? Resposta: investidores que tinham dinheiro guardado e resolveram aplicar em algo mais seguro, ou pessoas que queriam casas ou apartamentos perto da praia ou com mais espaço e sossego.

 

TV

O POVO Economia

O POVO Economia recebe hoje o presidente do Creci-CE, Tibério Benevides; o presidente da VCI, Samuel Sicchierolli; a psicóloga Adriana Bezerra; e a consultora em imagem Mariella Fassanaro. O programa será exibido às 18 horas, pela TV O POVO/Futura.

 

Locação

TRANSFORMAÇÃO DO MERCADO

Na área imobiliária, o setor que mais sofreu com a pandemia foi o de locação comercial. Com o isolamento social e a necessidade do home office, muita gente entregou salas comerciais. O setor também está se ajustando e, com a reabertura gradual das atividades, tem gente apostando na elevação do número de coworkings.

 

Comércio

MOVIMENTO DE RETOMADA

O comércio também segue em movimento de retomada. Alguns shoppings da cidade, durante este fim de semana, apresentaram grande movimentação, inclusive nos restaurantes com filas de espera do lado de fora.

 

Dinheiro

DESAFIO DO GOVERNO

O ministro Paulo Guedes teve uma semana difícil, com declarações do presidente Jair Bolsonaro entendidas como "fritura" por parte do mercado. Para esta semana, o desafio permanece: encontrar recursos para obras de infraestrutura e Renda Básica, e conter o rombo nas contas que já atingiu a marca de R$ 87 bilhões em julho.

 

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