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Desemprego: pior para vulneráveis
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Desemprego: pior para vulneráveis

Tipo Opinião

A crise provocada pela pandemia do coronavírus tem atingindo a todos. No mercado de trabalho, os problemas são maiores nos grupos que já apresentavam dificuldades: jovens, pessoas com mais idade, com deficiência e negros encontram mais obstáculos para se inserir, exigindo a ação do governo para essa reinserção no trabalho.

No Ceará, as dificuldades são maiores para os jovens a partir dos 25 anos e para quem está com idade em torno de 60 anos e não se aposentou. Tem sido complicado se manter no mercado e continuar contribuindo para conseguir a aposentadoria pelo INSS. Essa transição entre a atividade e a inatividade é desafiadora.

O sociólogo Erle Mesquita, analista de mercado do Sine/IDT, explica que a crise apenas potencializou o problema. Na série histórica calculada pelo IBGE a partir de 2012, a taxa de desemprego entre os mais velhos se mantém entre 2% e 3%, percentual considerado baixo.

Vale ressaltar a formação desse indicador, cujo cálculo é baseado na pressão dos trabalhadores por emprego formal. Ou seja: nessa fase, muita gente pode nem sair de casa em busca de vagas - outra situação agravada pela pandemia.

Sérgio Melo
Foto: DIVULGAÇÃO
Sérgio Melo

Cenário

CRESCIMENTO EM "U"

O economista e consultor Sérgio Melo acredita que a atividade econômica do País deve ter um crescimento em "U". Portanto, não será tão ruim como se projetava, quando iniciou a pandemia do coronavírus, e indica uma recuperação em 2021.

"Com este novo cenário, onde se vê a recuperação das vendas do varejo e do setor industrial e o significativo crescimento dos depósitos em caderneta de poupança, é possível antever um PIB negativo abaixo de 5% para este ano, muito mais animador do que se estimava meses atrás", acrescenta.

São Luiz

ENTRE OS MELHORES DO BRASIL

Os Mercadinhos São Luiz estão entre as 150 melhores empresas para trabalhar no Brasil em 2020. O ranking foi divulgado ontem, através de cerimônia virtual realizada pelo Great Place To Work (GPTW) em parceria com a Época Negócios.

Apagão

DIFICULDADES ESTATÍSTICAS

O Brasil tem fontes estatísticas respeitadas, mas que foram prejudicadas com a pandemia. Com a crise, ficou mais difícil a coleta dos dados para conseguir informações precisas. Os principais órgãos de pesquisa estão trabalhando com dados agregados e é verificado grande retrocesso no setor.

Imóveis

PLANEJAMENTO ADAPTADO

O consultor do mercado imobiliário, Roufman Ribeiro Rolim, explica que o setor de imóveis deve ser readaptado para que os preços dos produtos possam ser compatíveis com a renda dos compradores. Uma das saídas seria a criação de cooperativas financeiras para redução de custos. Pela legislação, os financiamentos imobiliários podem comprometer até 30% da renda dos compradores, o que é ainda considerado muito alto.

Home office

DESAFIOS E OPORTUNIDADES

Os desafios e oportunidades do home office serão discutidos durante o "E-Talks - Trabalho em home office", que vai ao ar na próxima sexta-feira, dia 23 de outubro, às 19 horas. A transmissão será pelo YouTube e pelo Facebook do O POVO Online. Para debater o assunto, foram confirmadas as participações do presidente do Conselho Temático de Relações Trabalhistas e Sindicais (Cosin), da Fiec, Jaime Bellicanta; do vice-presidente da Fecomércio-CE, Cid Alves; da analista do Sebrae Ceará, Cibele Girão; do desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região (TRT-7), Franzé Gomes; e do juiz do trabalho Carlos Alberto Rebonatto.

A mediação será da jornalista Lêda Maria e, além do programa, haverá um webcontent produzido pela equipe do Labeta, do O POVO, e publicado dia 23, mesma data da transmissão.

Foto do Neila Fontenele

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