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Fundos de investimentos de olho no saneamento
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Fundos de investimentos de olho no saneamento

Tipo Análise

Fundos de investimento estrangeiros estão de olho nos negócios que podem surgir com o marco do saneamento, mas os prefeitos, preocupados com as eleições e com as emendas parlamentares, ainda não acordaram para as possibilidades.

O Brasil precisa de investimentos da ordem de R$ 785 bilhões para conseguir resolver as mazelas provocadas pela falta de água, esgotos, aterros e iluminação pública. Trata-se de um desafio imposto pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), caso as metas não sejam atingidas, o país poderá ser rebaixado.

Nesse jogo político-econômico, as prefeituras devem entrar com a vontade; a iniciativa privada, com os recursos - os fundos estrangeiros já desembarcaram por aqui e querem demarcar suas ações.

O advogado Renato Monteiro, representante do fundo norte-americano Accell, acredita que os projetos passarão por uma disputa financeira. Além da Accell, existem investidores europeus e árabes fazendo a apreciação de negócios, mas há um problema cultural no País e que terá de ser enfrentado: os projetos deverão ser submetidos a regras de governança. "O mercado não quer comprar de quem agride o meio ambiente ou produz por exploração", alerta.

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Foto: Divulgação
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Microempresas 1

MELHORA NO QUADRO

A 8ª Pesquisa de Impacto do Coronavírus, realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV, mostra uma recuperação no quadro geral das empresas. O estudo, concluído no início de outubro, ouviu mais de 6 mil micros e pequenos empreendedores de todos os estados e traça um cenário menos hostil.

Em abril, a queda no faturamento era de 70%. O mês foi considerado o "fundo do poço", mas há uma recuperação gradativa - no final de setembro, essa queda era de 36%. O economista e analista da Unidade de Competitividade do Sebrae, Rafael Moreira, explica que a situação ainda não é a ideal, mas tem melhorado em uma média de 5 pontos percentuais por mês.

Microempresas 2

10% COM FATURAMENTO MELHOR

Conforme levantamento feito pelo Sebrae e pela FGV, 83% das micro e pequenas empresas nacionais voltaram a funcionar com as portas abertas, e por isso melhoraram seus resultados. Dessas companhias, 10% conseguiram ampliar o faturamento em relação ao período pré-pandêmico, e 39% lançaram novos produtos por conta da crise. Os empresários também estão mais animados e 43% deles relataram que o pior já passou.

Impacto no Brasil

ELEIÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS

O Brasil sofre os efeitos das eleições nos Estados Unidos, independentemente do seu resultado. O dólar é um reflexo disso: até sexta-feira, o Banco Central precisou promover leilões para conter a disparada do câmbio. Muitos investidores também anteciparam seus negócios para fugir das repercussões depois do feriado prolongado. Portanto, o resultado das eleições já está sendo acompanhado de perto pelo mercado, mas o problema maior é a instabilidade nacional. Na verdade, essa é uma questão que impacta em todo o planeta, provocando oscilações em várias moedas, e quem é mais frágil sente mais.

Economia

RECURSOS PARA RECUPERAÇÃO

A pandemia do novo coronavírus tem forçado a aplicação de recursos dos bancos internacionais de desenvolvimento para socorrer as economias. Dados da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) revelam que, pelo menos, R$ 2 bilhões foram injetados por esses organismos para o financiamento de projetos a fim de combater os efeitos da pandemia. Estão previstos mais recursos.

Sexta-feira, a entidade promoveu o ciclo de debates Caminhos da Retomada, com o tema "O papel dos organismos internacionais no apoio ao SNF diante da crise da Covid-19". Especialistas destacaram que medidas para impulsionar os investimentos serão fundamentais. O Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), por exemplo, tem US$ 340 milhões em linhas de crédito, destinados aos bancos regionais que são direcionados para as MPEs e pequenos e médios municípios, além de uma linha emergencial de US$ 2,5 bilhões para clientes soberanos da América Latina. Deste montante, US$ 350 milhões para o Brasil estão em processo de formalização. Pelo que tem sido anunciado, o Sistema Nacional de Fomento (SNF) deve apoiar ações rápidas.

 

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