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Black Friday: classes C e D motivadas para gastar
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Black Friday: classes C e D motivadas para gastar

Tipo Opinião

Os consumidores das classes C e D estão mais motivados para comprar na Black Friday deste ano. Conforme pesquisa da Superdigital, fintech do Grupo Santander, a intenção de compras neste segmento é 14 pontos percentuais maior de que em 2019 e inclui produtos como aparelhos de TV, eletrodomésticos, celulares, roupas e acessórios. Talvez por isso algumas destas promoções se estendam por todo o mês de novembro.

A explicação para esse desejo de compras é simples: 1) houve uma inclusão financeira, com mais de 1,6 milhão de contas ativadas, ou seja, uma bancarização; 2) após passarem muito tempo em casa, as pessoas querem agora gastar; e 3) a digitalização dos pagamentos é cada vez mais presente no dia a dia e um contingente maior de consumidores usa agora o comércio online.

A CEO do Superdigital, Luciana Godoy, em entrevista à coluna, destaca que surpreende o valor declarado pelas pessoas nas suas intenções de compra: R$ 1 mil para 38% dos 1.339 entrevistados pela pesquisa entre os dias 4 e 8 de novembro, em todas as regiões do Brasil.

Para Luciana, essa Black Friday pode representar para muita gente uma antecipação do Natal, já que uma população considerável passou a gastar menos nesse período de pandemia e a inadimplência teve redução.

Varejo

CONTRATAÇÕES NO NATAL

O Dia das Crianças não foi tão bom quanto o comércio esperava, mas, segundo Luciana Godoy, há um movimento de contratações de grandes redes varejistas que pode ajudar neste momento. Segundo ela, os contratos ocorrem tanto no comércio digital quanto nas lojas físicas, diante das possibilidades de melhorias nas vendas para o Natal.

Ceará

QUEDA EM OUTUBRO

O IGet, índice que calcula o comportamento do varejo no Brasil por meio de transações das máquinas Getnet, desenvolvido pelo Departamento Econômico do Santander, também apontou leve alta de 0,2% nas vendas em outubro, com ajustes sazonais. No caso do Ceará, entretanto, houve retração de 1% no mês.

Erica Cavalcante, especialista da Rica Investimentos
Foto: Divulgação
Erica Cavalcante, especialista da Rica Investimentos

Ágora

CENÁRIO DE BOLSA NO CEARÁ

A Ágora, plataforma aberta pelo Bradesco, iniciou atividades no Ceará através do escritório da Rica Investimentos, que atua na distribuição e intermediação de ativos e valores mobiliários. A especialista de research da empresa, Erica Cavalcante, marcará o início dos trabalhos com uma live sobre o cenário e os setores da bolsa de brasileira. Será na quarta-feira, às 18:30, pelo Instagram @ricainvestimentosoficial.

Imóveis 1

CUIDADO COM O FINANCIAMENTO

Especialistas alertam para cuidados com o crédito imobiliário. Com a redução da Selic, houve a ampliação da oferta, mas é preciso analisar com muita cautela na hora de decidir. O consultor José Maria Porto, por exemplo, explica que é necessário observar as taxas de juros do financiamento.

"Os bancos estão usando a taxa de juros efetiva como instrumento de venda e de marketing. No entanto, tem que ser considerado o custo efetivo total (CET) que, nesse caso, inclui o seguro e a Taxa de Abertura de Crédito (TAC)", destaca.

Um exemplo prático: partindo da simulação de um financiamento com um grande banco de varejo, o valor do empréstimo nesse caso é de R$ 820.000,00, onde a taxa efetiva é de 6,9 % a.a. e o custo efetivo total vai para 8,66% a.a. - é esse o valor final que o mutuário vai pagar.

Imóveis 2

ATENÇÃO AOS INDEXADORES

Também é preciso ficar atento ao indexador da operação. José Maria Porto alerta que alguns bancos oferecem a taxa de juros prefixada, enquanto outros preferem uma taxa de juros TR ou uma taxa de juros a taxa da poupança ou taxa de juros IPCA. "Qualquer indexador que não seja o empréstimo com taxa prefixada pode, no futuro, comprometer o pagamento do financiamento. Nessa modalidade, com taxa pré-fixada, os juros são maiores e, consequentemente, as parcelas também", ressalta.

Diante dessas opções, o mutuário que optar por qualquer outro índice precisará torcer para não ocorrerem oscilações bruscas de inflação no futuro, com consequente aumento da taxa Selic.

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