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Réveillon: ocupação de 63% nos hotéis de Fortaleza
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Réveillon: ocupação de 63% nos hotéis de Fortaleza

Tipo Análise

Régis Medeiros
Foto: divulgação
Régis Medeiros

O Réveillon deste ano será muito diferente do esperado. No começo do mês já se sabia que não haveria grandes festas, nem queima de fogos de artifício, mas os hotéis da orla de Fortaleza projetavam ao menos pequenas ceias de Ano Novo, com espumantes, seguindo os protocolos para áreas abertas e fechadas.

Com o decreto do governador Camilo Santana, que determina o fechamento dos restaurantes, inclusive dos hotéis até às 22 horas, ocorreram vários cancelamentos de reservas. A permissão para atender uma demanda de até 80% acabou se tornando quase inócua. Até ontem, as previsões de ocupação da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-CE) eram de 63%, com possibilidade de chegar a 65%. Ou seja: bem distante dos 80% previstos em novembro e dos 96% de 2019.

"Temos seguido todos os protocolos e avisamos aos hóspedes que não poderá haver confraternização dentro dos hotéis após às 22 horas", ressalta Régis Medeiros, presidente da ABIH-CE.

Alta estação 1

RESERVAS DE ÚLTIMA HORA

A aposta da rede hoteleira é de que muita gente ainda faça reservas de última hora. Como o cenário é muito incerto, as pessoas estão com medo de antecipar suas decisões de viagem com antecedência, em função da possibilidade de medidas restritivas e temendo dificuldades para a devolução do dinheiro.

Até o momento, para janeiro, a previsão de ocupação da rede hoteleira de Fortaleza está em torno de 52%. "Se os números da Covid ficarem estabilizados, acredito que possamos ter um janeiro com ocupação entre 50% e 60% em Fortaleza", reforça Régis Medeiros (foto).

Alta estação 2

RECUPERAÇÃO LENTA

Conforme o jornal O POVO publicou ontem, o litoral do Ceará tem apresentando uma grande demanda turística, bem como a serra de Guaramiranga. A situação é diferente de Fortaleza, onde o destino é mais procurado por pessoas que vem do Sudeste do País e se deslocam de avião.

Diante disso, os hotéis da Cidade ainda acumulam prejuízos que vão demorar a serem sanados. Pelos dados da Abih, depois da reabertura da rede, a primeira medição da demanda por ocupação ocorreu em setembro. Na época, a demanda era de 30%; em outubro passou para 43%; e, em novembro, para 48%.

Alta estação 3

ESPERANÇAS PARA 2021

O ano de 2020 foi duro para o turismo e as previsões para o primeiro semestre de 2021 são de uma recuperação lenta. Com a vacinação de pelo menos parte da população, a expectativa é de uma retomada no setor a partir das férias de julho, em função da demanda reprimida e da vontade de viajar.

Presidente da CDL Fortaleza, Assis Calvacante.
Foto: Sandro Valentim
Presidente da CDL Fortaleza, Assis Calvacante.

Comércio 1

VENDAS MELHORES

As vendas do comércio no Natal surpreenderam os lojistas. Os resultados, segundo o presidente da CDL de Fortaleza, Assis Cavalcante, foram de 3% a 5% acima do apurado em 2019, dependendo do segmento. As áreas de perfume, roupas e calçados foram as que conseguiram melhor desempenho.

Comércio 2

AUMENTO DE 30%

As compras online foram a grande novidade do Natal de 2020, representando aproximadamente 30% das vendas, conforme dados da CDL de Fortaleza. O interessante é que muita gente comprou pelo computador ou celular, mas preferiu buscar o produto na loja.

Comércio 3

CENTRO EM QUEDA

No Centro de Fortaleza, a movimentação girava em torno de um público de 600 mil pessoas no período de 18 a 24 de dezembro de anos anteriores. Este ano, pelos dados fornecidos pelo Sindiônibus, o pico alcançou um total de 180 mil passageiros. Ou seja: o número caiu mais de 66% em relação à média dos anos anteriores.

 

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