Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
As mudanças provocadas pela pandemia expõem as fragilidades dos pais e educadores que ainda não sabem lidar com a atual situação. Ontem, o Sindicato das Escolas Particulares de Educação e Ensino da Livre Iniciativa do Estado (Sinepe-CE) lançou um manifesto, denunciando que a avaliação escolar, feita de maneira digital, não está funcionando. As provas estariam sendo (segundo o Sindicato) "fraudadas" pelos alunos, com colas e plágios, comprometendo principalmente o Ensino Médio, impedido de ter aulas presenciais a quase 500 dias.
Não há dúvida em relação a esses prejuízos. A tese de que o homeschooling era uma saída para a melhora da educação foi quase totalmente destruída pelas recentes experiências do ensino em casa: poucas famílias têm condições de garantir as condições e o amparo que as escolas oferecem. Também já é comprovado que a aprendizagem acontece na convivência, nas trocas em sala de aula com os amigos, nos projetos paralelos, no esporte, na arte, no brincar e no contato com todo o corpo de ensino e de apoio.
Apesar disso, não é possível negar que colas e plágios ocorrem também no presencial, talvez apenas em menor incidência. A preocupação das escolas sobre o assunto, além da pressão política para a abertura do Ensino Médio, parece ingênua, já que existem soluções conhecidas. A doutora em Linguística Aplicada pela PUC-SP, Betina von Staa, em uma conversa rápida com a coluna, ofereceu duas saídas: "avaliações mais reflexivas sobre um assunto e questões com limite de tempo, o que obriga o aluno a responder rapidamente".
Certamente as escolas já sabiam disso, portanto, o problema não está nesta questão, mas no reducionismo do propósito principal do Ensino Médio, que é oferecer ao aluno as condições para ele passar no Enem. Isso representa o empobrecimento da educação, com um massacre de conteúdos, tirando o prazer de muitos alunos nos processos de aprendizagem e de descoberta.
Com isso, as escolas se distanciam das propostas de desenvolvimento das habilidades para o século XXI (pensamento crítico, colaboração e criatividade). Poderiam brincar com a cola: "- Quem pesquisa mais rápido o conteúdo?" ou "Quem tem outra resposta para a questão resolvida pelo colega?".
A rigidez das escolas, para pensar ou expor o assunto, é refletida posteriormente na vida de seus ex-alunos, quando eles mesmos terão dificuldades para se adaptar a ambientes de trabalho que solicitem maior capacidade de adaptação a novas situações.
SEGURANÇA NO SETOR ELÉTRICO
O diretor regional do SENAI-CE, Paulo André Holanda, participou do início da campanha "Junho laranja", lançada pela B&Q Energia, em prol da segurança no trabalho do setor elétrico. Paulo André destacou o "procedimento de linha viva" (linhas energizadas), junto com profissionais do setor elétrico, para evitar acidentes.
CURSOS A DISTÂNCIA CRESCEM 50%
Estudo lançado pela Associação Brasileira de Educação a Distância mostrou que a oferta de cursos dessa modalidade aumentou em quase 50% nesse período. Vale lembrar que os cursos online têm sido chamados de "remoto emergencial", por não apresentarem o formato do EAD tradicional. A coordenadora da pesquisa, Betina von Staa, acredita que, mesmo após a pandemia, muita coisa do ensino digital deve permanecer, mesmo com o retorno do presencial. "Haverá mais alternativas; talvez parte dos alunos não queira fazer mais todas as disciplinas no presencial", analisa ela. Na área de pós-graduação, o impacto do digital é visível, com uma oferta maior de cursos.
Pelo CensoEAD.BR, porém, além do crescimento das matrículas, houve aumento das taxas de inadimplência e de evasão escolar.
PARCERIA BENEFICIA PRODUTORES DE LEITE
O Banco do Nordeste está implantando o Cartão de Crédito Rotativo do BNB para custeio da produção de leite. A ideia surgiu depois de mobilização do Instituto Luiz Girão, braço social da Betânia Lácteos. O objetivo é beneficiar os pequenos produtores nordestinos que enfrentam constantes dificuldades de acesso ao crédito para o custeio de suas atividades.
COMPETITIVIDADE E INOVAÇÃO
O programa BIM Colaborativo 2020, lançado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) com patrocínio do SESI-CE, está em sua última etapa de desenvolvimento. O projeto será finalizado este mês, beneficiando empresas associadas ao Sinduscon-CE com propostas de transformação dos negócios.
Trago para você o fato econômico e seu alcance na vida comum do dia a dia. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.