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Hotéis nordestinos aumentam oferta de emprego
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Hotéis nordestinos aumentam oferta de emprego

Nordeste lidera a geração de empregos no setor hoteleiro
Tipo Opinião
HOTEIS COLUNA NEILA (Foto: HOTEIS COLUNA NEILA)
Foto: HOTEIS COLUNA NEILA HOTEIS COLUNA NEILA

Nordeste lidera a geração de empregos no setor hoteleiro. De janeiro a agosto deste ano, a atividade possibilitou a criação de 3.466 postos de trabalho do total de 5.850 recuperados no segmento. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

O Ceará ficou na sexta posição no País na geração de empregos na área hoteleira: houve 2.963 admissões contra 2.509 demissões, o que resultou em 454 novos empregos nos hotéis sediados no estado nos oito primeiros meses do ano.

O analista do mercado de trabalho do IDT, Erle Mesquita, detalha que, destes novos empregos, mais da metade foi criada no litoral Oeste, em especial no entorno de Jijoca de Jericoacoara (202) e Cruz (63), seguido de Camocim (61), Amontada (54) e Trairi (53). "Já no litoral Leste, o destaque é Aracati na sexta colocação, com 41 novos empregos, em 2021".

Uma questão a se pensar é que 24% dos novos empregos foram na condição de intermitentes, ou seja: um tipo de contrato que favoreceu o exercício da atividade pontualmente ao desejo do empregador e da necessidade de incremento da demanda, como finais de semana e feriados. Portanto, ainda mostra certa fragilidade do mercado.

Também é interessante ver quem foi contratado: dos novos empregos, 140 foram para camareiras, 73 para recepcionistas e 55 para auxiliares de cozinha. "Isso acaba também revelando a questão de gênero, pois 72% dessas vagas foram ocupadas por mulheres", reforma Erle.

Diante desse quadro de retomada, com o avanço da vacinação contra a Covid-19, a expectativa é de um volume de contratações maior neste semestre, com um pico de oferta de vagas para o Réveillon e as férias de janeiro.

Energia 1

NOVOS INVESTIMENTOS

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, foi um dos palestrantes do 40º Enaex, realização da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Ele falou da crise hídrica e energética, e que o governo tem investido na diversificação da matriz de energia.

"Para o atendimento da demanda de energia elétrica nos próximos dez anos, serão necessários acréscimos de 50 GW na capacidade instalada brasileira, o que representa investimentos da ordem de R$ 275 bilhões", afirmou o ministro.

Energia Eólica(Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Energia Eólica

Energia 2

BRASIL NÃO PODE APOSTAR EM CARVÃO

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que não planeja financiar os planos do governo federal de expandir a rede de usinas térmicas do País. A notícia foi comemorada pelo deputado federal Danilo Forte (PSDB), presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Energias Renováveis. Ele reforça que o banco, ao contrário do governo, entendeu as demandas do século XXI. "Todas as grandes economias do mundo estão em um processo de descarbonização; as próprias empresas de petróleo buscam ser vistas como empresas de energia, investindo em matrizes limpas. Em um cenário como esse, e ainda mais às vésperas da COP 26 (XXVI Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que começa no fim deste mês, na Escócia), o Brasil não pode caminhar na contramão do resto do mundo e apostar em carvão e gás", reforça Danilo.

IFCE

DESTAQUE NA TECNOLOGIA INDUSTRIAL

O Instituto Federal do Ceará (IFCE) conquistou a sexta posição no país em pedidos de títulos de patentes em programas de computador, colocando o Ceará no mapa da tecnologia da informação. Patente é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade. O deputado estadual Acrísio Sena (PT), vice-presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Ceará, ressaltou a conquista.

BREVES

FEIRA - A 3ª edição da Feira Nacional de Artesanato e Cultura (Fenacce) ocorrerá entre os dias 3 e 7 de novembro, no Centro de Eventos. A feira, em formato híbrido, reunirá mais de 300 artesãos brasileiros. O público pode participar através da plataforma online da Fenace ou presencialmente.

CORREÇÃO DE REDAÇÕES - A plataforma cearense E- Correção tem conseguido adeptos em todo o Brasil. Criada pelos sócios Claudemir de Sousa e Leonardo Marques, ela tem o objetivo de ajudar professores de escolas a acelerar a correção de redações.

REELEIÇÃO - O empresário Lavanery Campos foi reeleito por aclamação para a presidência da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção do Ceará (ACOMAC-Ceará). A diretoria da entidade pretende manter o trabalho para fortalecer o mercado de material de construção.

PREVENÇÃO - O Sesi-CE realiza trabalho para desmistificar e prevenir a obesidade. A nutricionista Aline Faheina e a profissional de educação física Keila Celestino, ambas do Sesi-Ceará, selecionaram dicas contra o sedentarismo e alimentação saudável, divulgadas através de lives.

AÇO CEARENSE - O Grupo Aço Cearense completou ontem 42 anos. O grupo está na 261ª colocação entre as 500 maiores empresas do país, no ranking da Época Negócios 360º, subindo 30 posições em relação ao ano anterior.

 

"Ciência é conhecimento organizado. Sabedoria é a vida organizada" Immanuel Kant, filósofo alemão

 

 

Topfive

Dicas para o marketing digital

O cofundador da RD Station, empresa florianopolitana de marketing digital e autor do livro "Máquina de Aquisição de Clientes", André Siqueira, oferece algumas dicas para quem quiser investir em marketing digital.

1. Garanta a qualidade do produto, pressuposto do marketing atual é ajudar as pessoas a resolver um problema. Nesse sentido, indicar um produto ruim definitivamente não é uma boa estratégia de marketing.

2. Tenha um conhecimento profundo sobre o público a quem seu produto se destina.

3. Procure uma estratégia de marketing digital eficiente para o posicionamento ideal da marca. A empresa precisa ter boa compreensão de seu diferencial.

4. Tenha "domínio da matemática do produto". Ou seja, saber o quanto um cliente gasta com sua empresa, o quanto a empresa gasta financeiramente para produzir um produto ou entregar um serviço, qual a margem de lucro e, por fim, o quanto a empresa está disposta a investir em marketing e vendas a partir dessa margem.

5. Trate de montar uma máquina de aquisição de clientes, com práticas e técnicas para consolidar um funil de vendas. O método de André faz uma compilação dos melhores canais para relacionamento e aquisição de clientes.

Bate-pronto

Subsídio para quem tem carro

David Zilberstein,ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)(Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação David Zilberstein,ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
O professor do Centro Técnico Científico da PUC-Rio, David Zilberstein (também ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a ANP), em conversa com o Guia Econômico da Rádio O POVO/CBN, falou do equívoco da mudança da proposta de mudança no ICMS para redução dos preços dos combustíveis.

O POVO/CBN - Como o senhor analisa a mudança na cobrança da alíquota do ICMS? Essa é uma boa saída para a redução dos preços dos combustíveis ou ela é uma cortina de fumaça?

David Zilberstein - Na minha opinião, ela não é uma boa saída. Ela tira recursos dos estados para subsidiar indiscriminadamente todo e qualquer consumidor, independente da renda que ele tiver e do tipo de uso. Por exemplo: se eu tiver o meu carro eu serei subsidiado, tirando receita do estado que usaria esse recurso para escola, hospital ou segurança, para subsidiar combustíveis. Na realidade, é uma maneira muito simplista que não vai resolver o problema.

O POVO/CBN - E o que faria o preço dos combustíveis mudar?

David Zilberstein - Essencialmente duas coisas fazem o preço do combustível mudar: a cotação do barril de petróleo e o câmbio. Qualquer alteração para cima, tanto do preço do petróleo quanto uma desvalorização maior do real em relação ao dólar, esse subsídio acabará sendo apagado em função de aumentos que serão mais expressivos. No fundo, o que vai acontecer é que iremos transferir a renda do contribuinte (que anda de ônibus, de trem e apertado em transporte público) para quem anda de automóvel. Seria mais razoável o subsídio para quem usa o botijão de gás, para pessoas de baixa renda, para quem anda no transporte público em condições bem ruins, e não para quem anda de automóvel. Mesmo no caso do diesel, utilizado em transporte de mercadorias, você terá uma redução que, no final das contas, é muito pouco significativa.

O POVO/CBN - Haveria outras soluções?

David Zilberstein - Sim: melhorar a eficiência do setor de transporte, melhorar a logística, melhorar a qualidade das estradas. Tudo isso, de alguma maneira, reduz a dependência em relação ao óleo diesel.

 

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