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Receita: clima de insatisfação e ameaça de entrega dos cargos
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Receita: clima de insatisfação e ameaça de entrega dos cargos

Auditores-fiscais ameaçam entregar cargos em protesto contra corte no orçamento
Superintendência da Receita Federal, em Brasília. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Superintendência da Receita Federal, em Brasília.

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Na véspera do Natal, um presente nada agradável para os auditores fiscais: o corte no orçamento da Receita Federal para custear o aumento dos policiais.

A decisão pode custar caro ao governo, com uma ameaça de debandada dos profissionais do fisco em cargo de chefia. Ontem, a informação do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita (Sindifisco Nacional) era de que o movimento já havia sido iniciado, com a adesão de lideranças de todo o País, inclusive do Ceará, que podem anunciar hoje a entrega dos seus cargos.

O clima de insatisfação tem contaminado outras áreas, inclusive os profissionais do Banco Central. O argumento de auditores e de funcionários do BC é de que o corte orçamentário provocará uma assimetria nos salários. Assim, os vencimentos dos profissionais em início de carreira na Polícia Federal seriam superiores aos recebidos pelos que estão prestes a se aposentar no Banco Central.

Essa não é a primeira vez que surge este tipo de embate. Em novembro, os auditores-fiscais aprovaram um indicativo de entrega nacional de cargos comissionados para o dia 15 de dezembro.

Portanto, o barraco está armado, bem ao estilo do governo Bolsonaro: com a possibilidade de comprometimento das gestões do principal órgão arrecadador do País e da instituição que faz o controle da política monetária.

Sérgio Melo(Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO Sérgio Melo

Tributos 

LONGE DA SIMPLIFICAÇÃO

O economista e consultor Sérgio Melo (FOTO) considera pertinente o manifesto em defesa da reforma tributária assinado pela Confederação Nacional da Indústria, Comsefaz, Sindifisco e Centro de Liderança Política, entre outras entidades. Infelizmente, o debate em prol de uma homogeneidade de regras acabou atropelado e desviado em meio aos sobressaltos políticos, sem avanços na área. Com isso, um processo de simplificação de um modelo tributário que favoreça o crescimento dos investimentos no País continua distante.

Classes C e D

NATAL COM GASTOS DE ATÉ R$ 300

Apesar da inflação e do desemprego, as pessoas das classes C e D pretendem presentear neste Natal, mas com o pé no freio. Levantamento realizado pela fintech Superdigital, do grupo Santander, aponta para um comportamento diferente: diminuiu a quantidade de pessoas que pensa em guardar dinheiro em relação a 2020 (queda de 20,73%), bem como a intenção de viagens. Quem realmente levou o 13º de boa parte dessa população foi o pagamento de dívidas (resposta de 58%), com uma sobrinha para lembrancinhas e ceia. Para 21% dos pesquisados, os gastos ficarão entre R$ 100 e R$ 300.

Frosty

30 LOJAS

A cearense Frosty terminará o ano 2021 com 30 lojas. Apesar de todos os efeitos da crise sanitária na economia, a empresa conseguiu abrir 20 novas unidades, distribuídas entre os estados do Ceará, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte. A meta, segundo o diretor executivo Filipe Segantini, é de inaugurar mais 20 lojas em 2022.

Expectativa

CORDÃO DOS PESSIMISTAS

Quem analisa os indicadores econômicos tem tido dificuldade para manter o otimismo. A pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE), realizada pelo Corecon-CE em parceria com a Fecomércio-CE, com coordenação do professor Ricardo Eleutério, mostrou uma deterioração das expectativas em função dos desequilíbrios macroeconômicos do País.

Entre as variáveis estudadas, os analistas viram com pessimismo: a oferta de crédito; as taxas de câmbio, inflação e juros; os salários reais; e os gastos públicos. Como positivo, apenas o cenário internacional, o nível de emprego e a evolução do PIB.

Vendas

LINHA BRANCA

Os shoppings de Fortaleza têm conseguido uma boa movimentação de pessoas neste Natal. No Iguatemi, por exemplo, fala-se em uma média de 100 mil pessoas. As vendas, segundo os administradores, estão correspondendo às expectativas, mas um setor em particular preocupa: o de linha branca.

 

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