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Qual a estratégia de enfrentamento dos problemas conjunturais?
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Qual a estratégia de enfrentamento dos problemas conjunturais?

Ausência de ações do governo federal para minimizar a dura realidade tem agravado o sofrimento da população
Tipo Opinião
COMSEFAZ indica que redução do ICMS não deve influenciar preço ao consumidor (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil COMSEFAZ indica que redução do ICMS não deve influenciar preço ao consumidor

A economia não poderia passar incólume por todo esse cenário de pandemia e guerra, mas a situação certamente poderia ser menos ruim. A ausência de ações do governo federal para minimizar a dura realidade tem agravado o sofrimento da população.

Um exemplo claro disso está na política de combustíveis da Petrobras, passando todo o custo do conflito internacional e da variação cambial do dólar para o consumidor.

O desemprego também é consequência de toda a conjuntura difícil, mas a melhora é muito lenta. O governo continua apático, como se a solução do problema não dependesse também de ações de estímulo ao mercado. Os estados têm se movimentado de maneira mais efetiva para buscar saídas, mas seria necessário um trabalho conjunto na busca de soluções.

Em fevereiro, a taxa de desemprego foi de 11,2%, a inflação ficou em 10,8%, e a taxa de Selic subiu e ficou em 11,75%. A situação fica ainda mais difícil com uma perspectiva de greve do Banco Central, que ameaça o funcionamento do PIX e até mesmo a publicação de boletins conjunturais.

O resultado de todo esse cenário de inoperância pode ser visto nas ruas das grandes cidades, com os cartazes de famílias expondo a sua fome, e também no aperto financeiro da classe média. Sofrimentos que parecem sem solução, já que não há estratégias para enfrentá-los.

BATE-PRONTO

Refinaria é uma questão de segurança nacional

O empresário Alexandre Borjaili, consultor e especialista em gás GLP, durante entrevista ao Guia Econômico da Rádio O POVO/CBN, falou sobre os erros na estratégia da Petrobras, a qual gerou a disparada do preço do gás. Na sua avaliação, os preços sobem no Brasil principalmente por conta das decisões internas.

O POVO - De que forma a guerra entre Rússia e Ucrânia pode afetar os preços aqui no Brasil?

Alexandre Borjaili - Na verdade, nem deveria afetar: o Brasil tem exploração de petróleo, mas somos autossuficientes em petróleo e não na área de refino. No caso do gás de cozinha, para fins residenciais, o que ele extrai de petróleo atende a toda a população brasileira. O percentual mínimo importado basicamente atende a fins industriais. Portanto, como é um produto produzido no Brasil e comercializado no Brasil, ele não deveria seguir parâmetros internacionais. Isso inclusive fere o Código de Defesa do Consumidor, uma lei federal que não poderia ser agredida na forma como vem sendo colocado pela Petrobras.

OP - Por que isso vem acontecendo e a possibilidade de aumento acaba sendo ainda maior?

AB - O que ocorre é uma sequência enorme de maus entendimentos, inclusive por parte do Ministério da Economia. Estive em Brasília antes da pandemia, estive no Ministério da Economia e de Minas e Energia. Refinaria é uma questão de segurança nacional. Como um exemplo dessa questão, nós temos a Bahia, um estado à parte do Brasil hoje, que sofre duramente com os preços dos combustíveis, porque se privatizou a refinaria.

OP - E a questão da Liquigás?

AB - A venda da Liquigás, uma das maiores companhias de gás de cozinha para as mesmas empresas que compõem o oligopólio no Brasil, fortaleceu o oligopólio, e esse foi o meu alerta em Brasília. Não sou contra a privatização de companhias mas, com relação à refinaria, isso tem de ser olhado com muito cuidado. As companhias distribuidoras podem ser privatizadas; o que não pode é favorecer a concentração do mercado. Estamos vivendo uma situação absurda. Nunca vi, na minha vida, uma empresa ter um aumento de lucratividade de 1.400% como ocorreu na Petrobras em 2021.

CRESCIMENTO DE 9,7%

Construção

Apesar de todas as dificuldades, o Produto Interno Bruto (PIB) da construção cresceu 9,7% em 2021, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número mostra a evolução do setor após a queda de 6,3% ocorrida em 2020.
No Ceará, a CMM Engenharia, que comemora 25 anos de atuação, é um exemplo dessa retomada. A empresa entregou mais de um milhão de metros quadrados de obras em setores que vão da indústria ao entretenimento. A companhia foi também responsável pelas obras de ampliação da fábrica da Vulcabras, no município cearense de Horizonte.

Hidrogênio verde

PROJETO DEVE VIRAR LEI

O hidrogênio verde está prestes a ser inserido oficialmente como uma fonte energética nacional. Esta semana, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) apresentou o projeto de lei para a introdução desta fonte energética no marco regulatório nacional de energia.

Embora boa parte da população ainda não associe o hidrogênio a uma forma de combustível, os especialistas o colocam como uma das fontes mais eficientes e limpas. No Ceará e no Rio Grande do Norte, os pedidos de licenciamento desses empreendimentos se multiplicam

O senador Jean Paul acredita que um dos desafios para dar segurança a esses investimentos é a adaptação das leis brasileiras para abranger essas novas modalidades de aproveitamento energético. Um projeto de lei que inserisse o hidrogênio nas definições e diretrizes da política energética nacional seria uma resposta a essa demanda.

Além disso, a regulamentação estabelece metas para a inserção do hidrogênio nos gasodutos de transporte nacionais, o que serve de orientação e incentivo para investimentos no setor.

“É um projeto propositalmente simples, mas altamente indutivo, em vez de interventivo; e que dá um norte importante para os empreendimentos que já se anunciam no Brasil para esta nova fonte, bem como para as diversas tecnologias que a tornam viável”, celebra o senador.

Conforme o projeto de lei apresentado, fica estabelecida também a meta percentual mínima de adição de 5% de hidrogênio na rede de gasodutos nacionais até 2032, e de 10% até 2050, devendo o gás transportado do tipo hidrogênio sustentável representar pelo menos 60% do total no primeiro período e 80% no segundo.

O senador também defende a fusão da Petrobras com a Eletrobras, formando uma grande estatal de energia.

Breves

TV- O programa “Economia com Neila Fontenele” desta segunda-feira entrevista o presidente da ABIH-CE, Régis Medeiros, e a diretora da Wee Travel, Natália Abreu. O programa será exibido às 18 horas, no Canal FDR/Futura.

Hub de Educação - A Universidade Sem Fronteiras, pioneira na educação gerontológica, amplia sua atuação. A instituição agora, além dos cursos voltados para aqueles que desejam envelhecer de forma ativa, passará a ter programação noturna com cursos profissionalizantes e de especialização, oferecidos pela UNISF e pelo grupo MM Invest.

Índice de efetividade - O Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE) divulgou o Relatório com os resultados consolidados do Índice de Efetividade da Gestão Estadual (IEGE/ 2021). O balanço foi realizado com base nos dados de 2020. Pelo indicador IEGE, o Ceará teve média 0,59, ficando enquadrado na faixa de resultado como C+, o que significa “em fase de adequação”.

Topfive

Benefícios de uma boa oratória

Luís Fernando Câmara, CEO da Vox2You, destaca os benefícios que uma boa oratória pode proporcionar.

Conhecimento e autoconfiança

Quando você se prepara para realizar uma apresentação ou para falar em público, você precisa se conhecer, bem como entender como funciona o seu mecanismo para formar ideias e transmiti-las com eficácia.

Domínio do seu corpo e da sua mente

A autoconfiança permite que você tenha pleno domínio de suas habilidades mentais e de como você vai organizar e transmitir as ideias que quer. Isso, porém, também é repassado para o seu corpo, com a sua expressão corporal gerando credibilidade.

Controle de seus sentimentos e emoções

Grande parte das pessoas tem medo de falar em público, o que é completamente normal. A ideia de treinar a oratória, portanto, não é perder totalmente este medo, mas sim trabalhá-lo para que ele seja controlado.

Transmitir mensagens com o impacto que elas devem ter

Apresentações, trabalhos acadêmicos, discursos de gestão e liderança, e muitas outras situações da vida exigem que a mensagem seja transmitida e absorvida da melhor maneira possível.

Ascensão profissional (e também pessoal)

Ter domínio das suas emoções, medos e expressão corporal, e saber como transmitir as mensagens da forma correta fazem com que a sua comunicação seja um fator determinante para melhorar suas relações.

 

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