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Estilo de vida pode diminuir o risco de Alzheimer
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Neila Fontenele ciência e saúde

Estilo de vida pode diminuir o risco de Alzheimer

Alzheimer afeta aproximadamente 1,2 milhão de pessoas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde
Tipo Opinião
PEDRO Bregola, psiquiatra e professor (Foto: arquivo social)
Foto: arquivo social PEDRO Bregola, psiquiatra e professor

Quem quiser envelhecer bem terá de reforçar os cuidados com alimentação, atividade física e avaliações médicas, bem como evitar estresse com as coisas sem tanta importância. Embora essa seja uma projeção difícil de se fazer, é importante pelo menos tentar manter estratégias para uma saúde integral na velhice.

O poder público tem falhado feio nisso. Existe um acúmulo de dificuldades até para a manutenção da saúde básica, diante dos desafios estruturais gerados pela desigualdade social, mas é preciso buscar diminuir os riscos através da prevenção. Fechar os olhos sai mais caro, com certeza.

Setembro é também dedicado a esse alerta (além do já tradicional Setembro Amarelo): o mês ganhou outra cor, o lilás, para a conscientização sobre a doença de Alzheimer e outros tipos de demência. A campanha, realizada mundialmente, tenta diminuir os estigmas que cercam os processos demenciais. Esse é o tipo de problema do qual não queremos nem falar e, quando dizemos algo, é geralmente uma questão do outro: do vizinho, do pai, avô - nunca uma condição possível para nós mesmos.

Porém, conforme projeções do Ministério da Saúde, atualmente 1,2 milhão de pessoas são afetadas por essa condição no Brasil. Detalhe: mais 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. O Alzheimer é um dos transtornos neurodegenerativos progressivos mais conhecidos: uma doença fatal, que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, trazendo comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais, desafiando pacientes e seus cuidadores. Por essa razão, o esforço para melhorar o estilo de vida deve ser feito agora.

Bem-estar no dia a dia

Em entrevista à coluna, o professor de Medicina da UniCesumar, Pedro Bregola, que atua na área de Psiquiatria, explica: "Hoje, já se sabe que o estilo de vida pode influenciar significativamente o risco de demência". O médico destaca que há um aumento do número de diagnósticos em função do próprio envelhecimento, mas é possível uma convivência melhor com os processos neurodegenerativos.

Existem fatores associados aos processos demenciais, ligados a aspectos como sedentarismo, dietas pobres, isolamento social e abuso de substâncias psicoativas. "Há evidências de que um estilo de vida saudável pode proteger a saúde cerebral", reforça o professor.

"Estudos sugerem que manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente, estar socialmente ativo, manter a mente ativa através de atividades intelectuais, e controlar doenças crônicas como diabetes e hipertensão podem ajudar a diminuir o risco de desenvolver a condição", destaca.

Ou seja, coisas que fazem bem para tudo!

Cuidados com a família

O diagnóstico de Alzheimer normalmente aparece de forma traumática para o paciente e sua família. A boa notícia é que a Medicina tem evoluído: o diagnóstico tem contribuído para a adaptação e ajudado pacientes e cuidadores. Os tratamentos medicamentosos, quando na fase inicial, ajudam a preservar a memória, bem como os atendimentos psicológicos e os estímulos a atividades sociais e físicas.

https://mais.opovo.com.br/colunistas/neila-fontenele/2024/08/26/como-sera-o-amanha.html

Pílulas

A Unimed Fortaleza inaugura hoje o Pronto Atendimento Aldeota, com urgência 24 horas. O investimento de R$14 milhões no equipamento pretende atender a demanda na região, que concentra boa parte do público de usuários do plano Multiplan. O pronto atendimento confirma o modelo de verticalização da estrutura da cooperativa, permitindo maior controle de processos e custos.

Hapvida NotreDame Intermédica completa 79 anos. A companhia destaca, entre os seus diferenciais, sua rede própria de atendimento, distribuída em todas as regiões brasileiras. Nesta semana, várias ações estão sendo realizadas para comemorar a data.

O Hospital de Ensino e Laboratórios de Pesquisa (HELP), localizado em Campina Grande, Paraíba, passará a realizar cirurgias de estrabismo em crianças pelo SUS. A meta é zerar a demanda da região e garantir acompanhamento pós-cirúrgico no ambulatório da unidade.

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