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Ceará precisa de mais logística para transplantes
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Neila Fontenele ciência e saúde

Ceará precisa de mais logística para transplantes

Criação de instituto de transplantes pode facilitar a captação de órgãos no interior e em outros estados
FORTALEZA, CE, BRASIL, 25-11-2015: Juan Mejia, médico e especialista em cirurgias cardiovasculares e um dos pioneiros no transplante de coração. Debates Grandes Nomes.(Foto: Diego Camelo/Especial para O POVO) (Foto: DIEGO CAMELO)
Foto: DIEGO CAMELO FORTALEZA, CE, BRASIL, 25-11-2015: Juan Mejia, médico e especialista em cirurgias cardiovasculares e um dos pioneiros no transplante de coração. Debates Grandes Nomes.(Foto: Diego Camelo/Especial para O POVO)

O Ceará pode ganhar um instituto de transplantes. O cirurgião cardiovascular Juan Mejia, chefe da área de transplante cardíaco do Hospital do Coração de Messejana, afirma haver um esforço para a união de agentes importantes neste processo - entre eles, universidades, governos e empresários.

A ideia é facilitar a logística para a captação de órgãos não só no Estado, mas também no Interior e em estados vizinhos, com a criação de estruturas de transporte e a formação de novos profissionais.

O programa TransplantAR Aviação Solidária, lançado em setembro pelo governo de São Paulo, inspirou as novas movimentações entre instituições responsáveis pelo transplante de órgãos sólidos no Ceará.

O projeto é pioneiro na facilitação da logística de captação de órgãos, através da parceria com empresários que cedem aeronaves para tal finalidade.

Vale lembrar que proposta semelhante foi pensada há aproximadamente 15 anos no Ceará; na época, houve articulação com industriais locais, mas a ideia não foi adiante. Com a concretização do projeto paulista, a ideia de novas parcerias locais passou a ser ventilada.

Em suma: o Ceará perdeu a chance de ser vanguarda.

Estado transplantador

Juan Mejia participou do programa Ciência e Saúde da Rádio O POVO CBN e lembrou da tradição do Estado na área de transplantes, com a concretização de parcerias importantes, como a que viabilizou a implantação do coração artificial.

"Estamos com 555 transplantes realizados nos últimos 25 anos aqui no Ceará; somos o segundo em volume no Brasil e também o segundo em volume da América Latina", reforça.

Apesar dos números, na sua avaliação, este é o momento para novas iniciativas. Há 10 dias, houve reunião com a diretora da Central de Transplantes, Eliana Barbosa, para articulações visando à captação de órgãos, e a agilidade do processo é uma questão central.

Em São Paulo, o programa TransplantAR já tem dado resultados, mas graças ao apoio dos empresários que não cobram pela locação das aeronaves. A Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) também é parceira do processo, ao facilitar a doação de combustível.

Detalhe: a iniciativa paulista nasceu a partir de um trabalho iniciado por um professor, transplantado de fígado, que resolveu ajudar no processo. Na opinião de Mejia, a ideia deveria ser acolhida como um plano nacional e o Ceará pode sair na frente, agora dentro de uma perspectiva regional.

Novembro Azul: fertilidade masculina

Dentro da campanha de conscientização sobre o câncer de próstata, vale mais um alerta: as implicações sérias para a fertilidade masculina.

O médico Eduardo Miranda, especialista em fertilidade masculina da Clínica Sollirium, reforça: "O câncer de próstata pode levar a tratamentos que afetam diretamente a produção ou o transporte de espermatozoides, resultando em dificuldades para conceber".

Os homens também precisam discutir seriamente a sua saúde sexual e reprodutiva.

Transplante de órgãos, corrida contra o tempo | Ciência e Saúde 23/11/24

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