
Neila Fontenele é editora-chefe e colunista do caderno Ciência & Saúde do O POVO. A jornalista também comanda um programa na rádio O POVO CBN, que vai ao ar durante os sábados e também leva o nome do caderno
Neila Fontenele é editora-chefe e colunista do caderno Ciência & Saúde do O POVO. A jornalista também comanda um programa na rádio O POVO CBN, que vai ao ar durante os sábados e também leva o nome do caderno
Os hospitais estão se preparando para ampliar o uso da inteligência artificial (IA) em seus processos. Esse é um dos temas abordados na 30ª edição da Hospitalar, considerado um dos mais importantes eventos de saúde, que está sendo realizado em São Paulo.
As novidades incluem tecnologias para reduzir o impacto financeiro das falhas de segurança e garantir a sustentabilidade do negócio, como a melhoria da gestão hospitalar com suporte de IA para o controle de insumos, tempo de internação e alta dos pacientes.
Durante a feira, também estão sendo realizados, paralelamente, oito congressos, com a apresentação de 21 tecnologias de IA usadas com sucesso em outros países. Além disso, há formas de detecção precoce de câncer, doenças renais e processos inflamatórios, com base em análises de imagens apoiadas pela inteligência artificial.
Os processos de inovação na saúde estão avançando rapidamente e exigem preparo e investimentos. A Hospitalar mostra parte desses avanços, como a demonstração do uso de exoesqueletos na reabilitação de pessoas na rede pública, além de robótica como solução para suprir a escassez da mão de obra operacional em hospitais do SUS.
Embora muitas das novas tecnologias pareçam distantes da realidade da rede pública, elas começam a chegar aos poucos. Parte das mudanças na infraestrutura hospitalar ocorre devido à necessidade imposta pelas alterações climáticas. Um exemplo é a reconstrução do Hospital Mãe de Deus, após as enchentes no Rio Grande do Sul e as pesquisas sobre o aumento das doenças respiratórias causadas pela poluição.
Por isso, um dos pontos fortes são os estudos sobre pneumonia química e outras enfermidades.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do Skyclarys (omaveloxolona). O medicamento é direcionado ao tratamento da Ataxia de Friedreich (AF), um raro distúrbio neuromuscular genético que causa danos progressivos ao sistema nervoso.
A aprovação do medicamento, produzido pela Biogen, é considerada um avanço histórico para a comunidade de pacientes e profissionais de saúde, por oferecer um tratamento para pessoas acima de 16 anos de idade.
Até recentemente, não existiam terapias aprovadas para a doença. Entre os sintomas da Ataxia de Friedreich estão dificuldades de coordenação, problemas de equilíbrio, fraqueza muscular e problemas cardíacos.
O preço do tratamento ainda não foi definido e passará pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
Pesquisadores do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), liderados pelo cientista Renato Borges, da Universidade de Brasília (UnB), trabalham no Projeto Perception. O foco do trabalho é uma plataforma espacial que combina tecnologia e ferramentas de análise e processamento de dados para mapear áreas críticas do Cerrado e da Amazônia. O programa pretende detectar, em tempo real, as variações climáticas e a degradação do solo. O sistema visa criar insumos valiosos para o desenvolvimento de políticas públicas de preservação e de desenvolvimento socioeconômico-ambiental para o ecossistema.
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