Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
O mercado de imóveis já acena com juros reais em torno de 2% ao ano. Com a queda das taxas ocorrida na semana passada, onde Caixa, Bradesco e Itaú anunciaram percentuais um pouco acima de 7% ao ano, descontada a inflação de 4,25%, as taxas tendem a atingir um patamar nunca alcançado no Brasil. Nos cinco maiores bancos do País, os juros variam entre 7,30% e 7,99% ao ano.
A queda desses indicadores tem motivado empresários da área que ainda administram os estoques do período de superoferta ocorrido desde a primeira década dos anos 2000 até 2014. Através de descontos e feirões, o setor tenta destravar os negócios; mas há uma demanda por inovação diante das mudanças do comportamento da população e de dificuldades na avaliação dos clientes.
Para conseguir as menores taxas, os bancos avaliam o perfil do comprador e o seu histórico de relacionamento com a instituição financeira. A vantagem dos imóveis, neste sentido, é que eles podem ser utilizados como garantia e reduzir o custo efetivo do crédito.
Startup
O empresário Daniel Simões, da J. Simões, estudou o assunto. Ele conta que falta uma adequação dos produtos, em função da redução das taxas de nupcialidade, que hoje são de 49%, e da redução do tamanho das famílias.
Na Aldeota, por exemplo, pelos levantamentos realizados pela empresa, 2/3 das famílias possuem até três pessoas. Um dos problemas do setor, segundo o empresário, é que há muita oferta com perfis parecidos.
Diante deste cenário, a J. Simões Engenharia resolveu lançar um pacote de oito empreendimentos com apartamentos compactos. O chamado J. Smart funciona como uma espécie de startup da empresa.
Fintechs 1
A concentração do mercado de crédito é um dos entraves para a redução das taxas de juros. A saída para a ampliação do segmento estão nas fintechs (empresas de tecnologia da financeira). Falta ainda regulamentação, mas o número de usuários tem crescido: pelos dados da consultoria EY, 64% dos brasileiros que têm acesso a computadores e celulares já usam serviços dessas companhias.
Fintechs 2
O público mais jovem, que apresenta menos resistência ao uso de tecnologia, utiliza bem mais as fintechs no Brasil. O estudo da EY aponta que 72% dessa população já aderiu aos instrumentos desse tipo de empresa e que, mesmo entre os mais velhos, não há tanta resistência quanto em outros países. O levantamento mostra que sete em cada dez brasileiros com idade entre 55 e 64 anos já usam serviços de fintechs. Detalhe: a média mundial é de 55%.
Dia da Criança
O Dia da Criança nos shoppings de Fortaleza superou as expectativas. Os resultados das vendas ainda não saíram, mas a data gerou grande fluxo de visitantes para os estabelecimentos. Na quinta-feira, o presidente da CDL Fortaleza, Assis Cavalcante, anunciava que o setor trabalhava com promoções e atividades para atrair clientes. Esperava-se uma receita pelo menos 5% superior à de 2018, em função do fato das lojas funcionarem no feriado, mas a perspectiva é de superação desse percentual.
Em tempo: não deixa de chamar a atenção o fato de que algumas redes de lojas de brinquedos tenham feito várias promoções ao longo deste mês...
FRASE
O cruzeiro não traz a felicidade. O dólar traz
Millôr Fernandes (1923-2012),
Jornalista e escritor
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