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Investimentos: foco nos ativos não impactados pelo coronavírus
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Investimentos: foco nos ativos não impactados pelo coronavírus

Tipo Opinião

Um dos maiores problemas nesta crise é a falta de liquidez em todas as camadas da sociedade. Ou seja: falta dinheiro! Há uma concentração de recursos na mão de poucos investidores e existe uma tendência de aversão ao risco, principalmente diante dos problemas políticos, sanitários e econômicos pelos quais o País passa.

Diante desta situação, Francisco Perez, co-fundador e head de investimentos da Glebba, fintech que faz crowdfunding para o setor imobiliário, explica que os donos de capital não possuem muitas opções, por isso têm muito dinheiro "empossado" no mundo.

No caso da renda fixa, com a Selic em 3%, não há praticamente remuneração do dinheiro. "Existem basicamente três caminhos: aplicações em moeda (dólar e euro), metais clássicos (ouro, por exemplo) e os atrelados ao ativo imobiliário", destaca.

Mas é preciso prestar atenção na lógica de sua captação. Para Perez, existem três fatores a serem observados: 1) as moedas e o metal já ganharam muito valor; 2) os ativos imobiliários (como shopping centers) apresentam problemas no momento, registrando mais potencial aqueles na área de logística e desenvolvimento urbano; 3) o foco deve ser maior em cima de ativos reais não impactados pelo coronavírus.

NEGÓCIOS ATRAVÉS DE OFERTA PÚBLICA

A crise do coronavírus tem alterado os investimentos imobiliários. Segundo Francisco Perez, apesar dos problemas, há certas áreas que conseguem manter o ânimo para alguns ativos. Houve uma mudança no comportamento do mercado. No caso da Glebba, que atua como plataforma que faz crowdfunding, com registro na CVM, mesmo em meio à crise, foram captados R$ 3 milhões para um empreendimento residencial de Barueri, São Paulo, na última semana.

Perez explica que preferiu se conectar com investidores pulverizados, através da modalidade de oferta pública; com isso, os negócios cresceram, já que todas as operações são digitais. "A tendência de digitalização já vinha a passos largos. Crescemos, no primeiro trimestre, 25% na base de investidores".

MAIS FARINHA E BISCOITO

O Grupo M. Dias Branco apresenta hoje, às 11 horas, os resultados do balanço do primeiro trimestre deste ano. Pelo que já foi divulgado ao mercado, a pandemia de coronavírus não atrapalhou o desempenho das empresas.

A mudança de hábitos da população fez com que o lucro do grupo aumentasse 140,8% em relação ao mesmo período de 2019.

PROBLEMAS E DESAFIOS DO DELIVERY

Os setores de comércio e serviço e as plataformas de delivery passaram por um grande e difícil teste neste fim de semana. Com a elevação do número de pedidos, muita gente teve dificuldade para registrar e fazer suas entregas.

Do lado dos clientes, muitos problemas também - desde atrasos em algumas entregas a pedidos incompletos ou não finalizados via aplicativos ou similares, o que comprometeu o Dia das Mães de várias famílias.

ESTABILIDADE NO CUSTO

O IBGE soltou esta semana o Índice da Construção Civil (Sinapi), cuja variação foi de 0,35% em abril. Pelo levantamento feito pelo órgão, realizado este ano exclusivamente por meios eletrônicos, o custo da construção por metro quadrado no estado era de R$ 1.082,07 em março, passando para R$ 1.085,86 em abril. Desse total, R$ 618,02 eram relativos aos materiais e R$ 467,84 à mão de obra. Apesar do período de pandemia, os valores ficaram estáveis em relação ao ano passado.

AUMENTO DE RESULTADO DA EDP

Empresas do setor de energia continuam expandindo seus resultados. A portuguesa EDP ampliou sua receita líquida em 16%, alcançando o valor de R$ 3,3 bilhões no trimestre. Já o EBITDA (lucro antes de taxas, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 698,5 milhões, 1% inferior ao verificado nos três primeiros meses de 2019. A EDP é responsável pela UTE Pecém e possui operação em várias partes do País.

 

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