Os shopping centers iniciam os preparativos para a retomada das suas atividades. Esse foi um dos setores mais impactados pela pandemia de coronavírus e será preciso resgatar a confiança dos consumidores, de que é possível sair de casa em segurança, para que os negócios sejam restabelecidos.

Por essa razão, há uma lista de protocolos sendo seguidos antes mesmo da reativação dos empreendimentos. Embora até ontem ainda não houvesse uma data prevista para a reabertura, os shoppings RioMar Fortaleza e RioMar Kennedy estão desenvolvendo um planejamento. Inicialmente, há a reorganização de suas estruturas (sinalização, adesivagem, placas de comunicação interna e externa com as práticas de conscientização), além de medidas de cuidados com colaboradores, lojistas e clientes já concluídas.

O Shopping Iguatemi Fortaleza vem realizando campanhas de conscientização e prevenção com a utilização de cartazes, adesivos e totens espalhados pelos seus ambientes internos, além de outras ações para minimizar o impacto pandêmico.

 

Comércio

PREOCUPAÇÃO COM OS ÚLTIMOS DA FILA

Na negociação pelo cronograma de abertura do comércio, há uma preocupação com quem ficará por último. O presidente do Sindilojas, Cid Alves, teme que muitos dos segmentos não sobrevivam. A área de delivery, embora tenha ajudado a minimizar as perdas, não é suficiente para atender o mercado, segundo ele.

 

Restaurantes

AMBIENTES ABERTOS

Há a consciência, entre muitos empresários, de que a retomada dos negócios não será como antes. No caso do setor de bares e restaurantes, onde havia uma forte migração para os shoppings, a tendência agora é de um movimento contrário. O diretor executivo da Abrasel, Taiene Righetto, explica que, com os novos protocolos de segurança, deve haver a busca por lugares mais abertos, o que favorece cidades como Fortaleza.

 

Crise de demanda

MEDO DO DESEMPREGO

A grande questão da crise provocada pelo coronavírus está na demanda. A pesquisa "Intenção de Consumo das Famílias", realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) mostra: maio teve o menor índice de intenção de consumo desde novembro de 2017. Há um clima de alerta considerado natural, principalmente diante da possibilidade de aumento do desemprego.

 

Renda mínima

GOVERNO TERÁ QUE INVESTIR

Diante de uma situação tão complexa, o governo federal terá que investir em políticas de renda mínima. A prorrogação do auxílio emergencial será vital para manter os mercados funcionando. Há estudos que comprovam: o dinheiro retorna para o próprio governo através da arrecadação de impostos. É o caso de uma projeção divulgada recentemente por pesquisadores (professores Débora Freire, Edson Domingues e Aline Magalhães, e pelos estudantes de doutorado Thiago Simonato e Diego Miyajima) da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Segundo o estudo, caso o pagamento seja durante três meses, isso geraria uma renda para o Produto Interno Bruto (PIB) na casa de 0,45% e a receita para impostos seria de 24%. Noutro cenário, caso o pagamento do auxílio emergencial se estendesse até dezembro, o PIB seria beneficiado em 0,55% e a receita na arrecadação de impostos seria em torno de 45%.

 

Iguatemi

RESULTADOS MENORES

O Shopping Iguatemi apresentou os resultados do primeiro semestre deste ano. Os números vieram abaixo das estimativas: o Fluxo de Caixa Operacional de R$ 49 milhões ficou 21% abaixo do previsto pela XP Investimentos. Analistas da operadora dizem que as diferenças que decorrem dos custos e despesas foram ligeiramente superiores ao esperado.