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Paternidade
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Neivia Justa, jornalista, empreendedora, palestrante, mentora, professora, fundadora e líder da JustaCausa, com 30 anos de experiência como líder de Comunicação, Cultura, Diversidade, Equidade e Inclusão em empresas como Natura, GE, Goodyear e J&J. Criadora do programa #LíderComNeivia e dos movimentos #OndeEstãoAsMulheres e #AquiEstãoAsMulheres, foi a vencedora do Troféu Mulher Imprensa e do Prêmio Aberje 2017 e, em 2018, foi eleita uma das Top Voices do Linkedin Brasil.

Paternidade

O que torna um homem um pai? Embora tenhamos evoluído bastante nas últimas décadas, em relação aos nossos hábitos, costumes e modelos familiares, o Brasil ainda é, culturalmente, uma sociedade patriarcal – palavra oriunda do grego pater (pai) e arkhe (origem ou comando).

Nesse tipo de "família tradicional dominada por homens", o pai é considerado a autoridade e o provedor a quem todos devem estar subordinados.

Um modelo que excluía dos homens qualquer responsabilidade no cuidado e na criação dos filhos. E que se mostra autoritário, arcaico e insuficiente para retratar as relações familiares no século 21.

Hoje, mais do que nunca, sabemos que, para ser pai, não basta mandar e prover, é preciso cuidar. Ou, como dizia a antiga propaganda do gelol, não basta ser pai, tem que participar.

Isso não significa que os filhos deixaram de reconhecer a autoridade ou de ter respeito por seus pais, mas sim que a qualidade, proximidade, intimidade e intensidade da relação entre pais e filhos vem mudando com o passar do tempo e a evolução no perfil das famílias.

Pais reais não têm idade, gênero, cor, raça, etnia, religião, biotipo, classe social, nacionalidade ou qualquer outra característica que os diferencie e os represente.

Pais de verdade são aqueles que compartilham a responsabilidade de educar pelo exemplo e se fazer presente na vida de seus filhos, cuidando deles com amor incondicional, respeito, afeto, atenção e carinho, em todos os momentos de suas trajetórias, por mais desafiadoras, desconhecidas, inesperadas e assustadoras que cada fase seja.

Pais possíveis são adolescentes, adultos ou idosos. Biológicos ou adotivos. Heterossexuais, gays ou transgêneros. Cristãos, judeus ou muçulmanos. Brancos, pretos, amarelos, indígenas ou mestiços. Pais possíveis são pais de sangue, criação ou coração.

Homem que abandona, violenta ou estupra sua cria não é pai. Não deveria nem ser chamado de humano.

Não podemos esquecer que 45% dos nossos lares são chefiados por mulheres e mais de 5,5 milhões de nossas crianças não têm o nome do pai na certidão de nascimento.

Ou seja, milhões de mães brasileiras também são pais.

Se você é pai, ocupa um lugar de pai ou tem um pai para chamar de seu, esse segundo domingo de agosto foi um dia de celebração.

E você sabe que a paternidade é uma jornada de eterno aprendizado. Uma vez pai, sempre pai. Você exerce a coautoria e o protagonismo dessa história de criar e deixar para o mundo novas pessoas que sejam melhores que você.

Uma imensa responsabilidade. Capriche!

A humanidade agradece.

Foto do Neivia Justa

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