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Carnavais de uma vida
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Neivia Justa, jornalista, empreendedora, palestrante, mentora, professora, fundadora e líder da JustaCausa, com 30 anos de experiência como líder de Comunicação, Cultura, Diversidade, Equidade e Inclusão em empresas como Natura, GE, Goodyear e J&J. Criadora do programa #LíderComNeivia e dos movimentos #OndeEstãoAsMulheres e #AquiEstãoAsMulheres, foi a vencedora do Troféu Mulher Imprensa e do Prêmio Aberje 2017 e, em 2018, foi eleita uma das Top Voices do Linkedin Brasil.

Carnavais de uma vida

Foi no baile do Cabo Branco que conheci meu primeiro e único amor de Carnaval, há 40 anos. Na época, eu já morava de volta em Fortaleza e ele em Recife. Quis o destino que nos encontrássemos em João Pessoa. Lembro de cada detalhe da minha fantasia
Tipo Opinião

Um dia desses encontrei uma foto minha, menininha, vestida de palhaça em meio a confetes e serpentinas, em algum baile infantil na Fortaleza dos anos 1970.

Minhas primeiras memórias carnavalescas, porém, são os “mela-mela” da infância em João Pessoa, quando saíamos para jogar uma mistura de talco, água, areia e sabe-se lá o que mais, nas pessoas. Por algum motivo inexplicável, achávamos aquilo muito divertido. Voltávamos escorrendo sujeira e alegria.

Depois disso, vieram os bailes Verde e Branco, do Jangadeiro, e Vermelho e Branco, do Cabo Branco, no começo da adolescência. Precoce e determinada, muito cedo convenci meu pai e minha mãe a me levarem com eles neste programa de adultos. Estar naqueles ambientes, reluzente de brilhos e paetês, fascinava a garota que eu era.

Foi no baile do Cabo Branco que conheci meu primeiro e único amor de Carnaval, há 40 anos. Na época, eu já morava de volta em Fortaleza e ele em Recife. Quis o destino que nos encontrássemos em João Pessoa. Lembro de cada detalhe da minha fantasia – camiseta de paetês prateados, short de cetim branco, faixa de cetim vermelha na cintura e chapéu de paetês vermelhos. Na parede da minha memória está o nascer do sol que compartilhamos na quarta-feira de cinzas, na escadaria do clube. Velhos tempos, belos dias.

As lindas praias e dunas do Icaraí, Tabuba e Cumbuco, no litoral oeste do meu Ceará, foram palco de vários carnavais depois disso.

No começo da vida adulta, vivi a experiência de sair no Galo da Madrugada e descer as ladeiras de Olinda. Por alguns anos, solteira em São Paulo, Salvador foi meu destino carnavalesco, atrás do trio elétrico do Asa de Águia.

Casada e mãe, passei a frequentar bailes infantis e a me divertir fantasiando minhas meninas.
Em 2009, quando liderava a área de comunicação da Schincariol, voltei ao Carnaval de Salvador, a trabalho, e me espantei ao lembrar que eu já havia estado naquela multidão. Diretamente de lá, fui cuidar de jornalistas no camarote da empresa, na Sapucaí e, de bônus, entrei na avenida com o Eduardo e a furiosa, bateria do Salgueiro, no final do desfile das campeãs, com o sol raiando. Inesquecível.

Hoje eu quero sossego. Mas ainda vou realizar o sonho de entrar na avenida com a minha Mangueira. E você?

 

Foto do Neivia Justa

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