Neivia Justa é jornalista, empreendedora, palestrante, mentora, professora, fundadora e líder da JustaCausa, com 30 anos de experiência como líder de Comunicação, Cultura, Diversidade, Equidade e Inclusão em empresas como Natura, GE, Goodyear e J&J. Criadora do programa #LíderComNeivia e dos movimentos #OndeEstãoAsMulheres e #AquiEstãoAsMulheres, foi a vencedora do Troféu Mulher Imprensa e do Prêmio Aberje 2017 e, em 2018, foi eleita uma das Top Voices do Linkedin Brasil
Nunca sonhei em ser mãe. Sempre considerei uma responsabilidade imensa e eterna trazer uma nova vida para esse mundo. E, até meus 33 anos, me mantive muito autocentrada, tendo a carreira como minha prioridade
Foto: Divulgação/Netflix
Série "Adolescência", da Netflix
Muito se tem falado sobre "Adolescência", série recém lançada pela Netflix. Assisti há duas semanas com curiosidade, pois a forma como temos educado nossas crianças é um tema que me inquieta há muito tempo.
Em 1998, quando comecei a trabalhar na Natura, me deparei com uma campanha da linha Mamãe & Bebê que dizia: "Que mundo vamos deixar para nossos filhos? E que filhos vamos deixar para o mundo?" Desde então, essas perguntas ecoam profundamente em mim.
Nunca sonhei em ser mãe. Sempre considerei uma responsabilidade imensa e eterna trazer uma nova vida para esse mundo. E, até meus 33 anos, me mantive muito autocentrada, tendo a carreira como minha prioridade. Um belo dia resolvi considerar essa possibilidade e, mais que imediatamente, engravidei da Luiza.
Quando ela nasceu, todas as minhas crenças e "verdades absolutas" foram ressignificadas. Eu não tinha a menor ideia do que era a maternidade, mas entrei de corpo e alma nessa que considero a maior, mais poderosa e transformadora aventura da minha vida!
Comecei a construção da nossa relação, do nosso vínculo de confiança e amor e, uma vez mãe, a única certeza que eu tinha é que não teria uma filha única. Logo engravidei da Julia. Quando ela nasceu, entendi que amor de mãe não se divide, se multiplica. A maternidade me levou para a terapia pois, se eu queria ser a melhor mãe possível para minhas filhas, eu precisava mergulhar em mim.
Ser empática, saber escutar sem julgar, entender e mediar as diferenças sem demonstrar preferências e, ao mesmo tempo colocar limites, dar exemplo, referências e valores, não é uma missão fácil. E uma comunicação amorosa, próxima, verdadeira, sem tabus é, a meu ver, o melhor e o único meio de criar filhas e filhos emocionalmente saudáveis.
Um dia minha mãe me disse: você deu muita sorte com suas filhas. E eu respondi: sorte não, mãe, invisto desde sempre na minha relação com elas! E acho que, por isso, não fui tão impactada com "Adolescência". Conheço e entendo minhas filhas!
Contamos nossa história no livro "Minha mãe é um sucesso - uma troca entre mães e filhos sobre carreira e maternidade", que acaba de ser lançado. Foi uma experiência emocionante, que pode inspirar relações familiares saudáveis. Recomendo! n
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