Testando as aparências,

Em poeiras persas.

Encenando o mito do arbítrio,

No infinito mezanino.

Degrau por degrau,

Luzes de um barulho teatral.

Meu presente tempo tem a voz rouca,

Procrastinando a sanidade mental.

Boçal e sujo,

Sigo no costume.

Tecendo as aparências,

Manifestando meu erradio centro.

Não sigo na possibilidade falha,

Meu crânio é folha ao vento.

Esporádica transmutação;

Doze asas, seis narizes.

Tramando o banho de penas,

Expulso meu bruto espirro.

Epílogo da morte do espírito,

Engano a memória dos cílios.

Meu templo se dilata,

Distante do fenótipo de fulano.

O infinito mezanino,

À mercê do estranho.

O pássaro sem grito,

O reflexo anti vidro;

Turvo, lúdico,

Instável e faminto.