Virgínia Fonseca é o retrato escancarado da burguesia brasileira: ostenta uma vida de luxo no Instagram, enquanto posa com um ar de inocência quando é chamada pela Justiça. A maneira como ela reage, soltando um: "Que Deus abençoe a audiência, bora pra cima" -, não é apenas debochada, é um tapa na cara da sociedade brasileira.

A condução da CPI escancara o que muitos já perceberam: estamos vivendo mais um capítulo do velho espetáculo de "pão e circo". Enquanto a população lida com os danos reais dos jogos de aposta, que desestruturam famílias, drenam economias e adoecem mentalmente milhões, influenciadores lucram, promovem e normalizam esse vício como se fosse brincadeira.

E o mais preocupante é que Virgínia sabe exatamente o poder que tem. Com milhões de seguidores, surge nos stories exibindo os supostos "ganhos" com os joguinhos, vendendo uma vida de fantasia.

E a pergunta que fica no ar é a mais perigosa de todas: quem é que não gostaria de ter a vida dela?