A angústia destrói meu coração

Como um animal que destroça sua presa

O medo se instala em meu peito

E envenena a paixão, o encantamento, o amor

Revelando a certeza da incerteza do que era sentido, vivido, desejado.

Pode-se sobreviver a esse envenenamento?

Pode salvar-se dessa destruição?

Pode-se acalentar essa dor?

Aproximar novamente os corações?

Reestruturar as conexões?

Sentir, viver, desejar novamente?

Pode-se apagar da memória do coração
a angústia?

E reviver intensamente sem marcas
ou cicatrizes

As alegrias do conhecimento de outrora?