
A história do Ceará e do mundo desde 1928, narrada pelas lentes do acervo de O POVO
A história do Ceará e do mundo desde 1928, narrada pelas lentes do acervo de O POVO
* desde 1928: As notícias reproduzidas
nesta seção obedecem à grafia da
época em que foram publicadas.
Ia ser uma noite romântica em Paris: jantar e passeio de carro em uma das cidades favoritas da princesa Diana na companhia do seu novo namorado Dodi Fayed . Em seu último dia, Diana realizou uma fantasia de Fayed: jantar no restaurante do Hotel Ritz, propriedade de seu pai, que abriga uma adega de 100.000 garrafas de vinho e é famoso por sua comida de frutos do mar. O dia terminaria em uma mansão também de propriedade do pai de Dodi, na margem oposta do rio Sena. Mas o casal não chegou ao local e o sonho de Diana de um fim de semana discreto em Paris terminou em uma tragédia. Depois de sair do hotel, conduzido por um funcionário do estabelecimento, o Mercedes preto começou a ser perseguido por paparazzi em motocicletas e bateu contra uma das pilastras do túnel às margens do rio Sena, próximo à torre Eiffel. O impacto esmagou todos os ocupantes do carro. Diana, sangrando abundantemente na área peitoral, foi levada para o Hospital La Pitié-Salpetrière, no Sudoeste de Paris, onde os médicos a operaram e fizeram massagens no coração por duas horas. Mas não puderam salvá-la. Diana morreu às 3h30 (23h30 em Brasília. O motorista do carro acidentado em que estava a princesa Diana e que morreu na noite de sábado, em Paris, não era um chofer profissional e sim um encarregado de segurança, segundo revelou um ex - funcionário do hotel Ritz. O motorista, conhecido no Ritz por "Monsieur Paul", era o número dois da segurança do grande hotel de onde partiram Lady Di e Dodi Al-Fayed, precisou a fonte. "Um motorista profissional não teria este tipo de acidente. Sem dúvida foi surpreendido pela potência do carro e não soube controlá-lo", declarou à AFP o ex-empregado do Ritz, hotel que pertence ao pai de Dodi, o magnata egípcio Mohamed Al-Fayed.
Imprensa sensacionalista alvo de críticas
O chanceler alemão Helmut Kohl estimou ontem que Diana foi "vítima de uma concorrência cada vez mais brutal e carente de escrúpulos existente numa parte dos meios de comunicação", em seguida ao acidente que matou a princesa, em Paris. Esse acidente e a morte de Lady Di "dão motivo para muita reflexão entre os responsáveis da mídia", acrescentou Kohl. Na Grã-Bretanha, mesmo antes de ser anunciada a morte, o palácio de Buckingham denunciou a irresponsabilidade da imprensa.
Consternação no mundo inteiro
A morte da princesa Diana de Gales e seu amigo egípcio Dodi Al Fayed em um acidente de carro ocorrido na madrugada de ontem, em Paris, provocou a consternação em todo o mundo. Em um comunicado difundido em Brasília, o presidente Fernando Henrique Cardoso manifestou sua "admiração pessoal pelo trabalho" de Diana e transmitiu suas "condolências à família e ao povo do Reino Unido". Em Londres, as bandeiras amanheceram a meio pau, em sinal de luto, e a BBC modificou sua programação para transmitir o hino "God Save the Queen"; a rainha Elizabeth da Inglaterra e o príncipe Charles se declararam, em comunicado, "consternados" com a morte. Refletindo a emoção de todos os Estados Unidos, o presidente norte americano, Bill Clinton, homenageia a princesa Diana de Gales. "A queríamos muito", disse Clinton em uma breve declaração diante de sua residência de veraneio de Martha 's Vineyard, uma pequena ilha no Atlântico na costa de Massachusetts. Em Paris, o presidente francês, Jacques Chirac, lamentou "com viva emoção o desaparecimento brutal" de Diana, "uma jovem de nosso tempo, carinhosa, cheia de vida e generosidade". Na Índia, a prêmio Nobel da Paz Madre Teresa, que havia encontrado a princesa em junho passado, em Nova Iorque, disse que Diana era uma "pessoa muito boa, de extrema compaixão com os pobres (...) cheia de vida, agradável e simples".
Polícia inicia investigações
Os agentes policiais que investigam o desastre que matou a princesa Diana dependerão em grande parte da informação que poderá ser proporcionada pelo guarda-costas da Princesa, que ficou gravemente ferido. Identificado como Trevor Rees-Jones, foi o único sobrevivente do desastre que matou também Dodi Fayed e o motorista. Rees-Jones sofreu traumatismo craniano, lesões no pulmão e na face. Ele permanece na Unidade de Tratamento Intensivo no mesmo hospital onde morreu a Princesa. Se sobreviver e puder falar com os investigadores poderá ser uma peça-chave para se descobrir a causa do acidente.
Morte de Diana põe fim aos planos de Charles
A morte trágica da princesa Diana, ocorrida ontem de madrugada em Paris, significou para seu ex- marido, o príncipe Charles, o fim de suas esperanças de voltar a casar-se rapidamente com sua atual amante, Camilla Parker-Bowles. O paciente trabalho iniciado por Charles para que a opinião pública aceite a regularização de seu longo romance com Camila, divorciada por amor a ele, parece arruinado no momento. Parece impensável que Charles possa correr o risco de aparecer como um traidor da memória de Diana, dando a seus filhos uma madrasta que desempenhou um papel essencial no rompimento entre seus pais. Uma vez morta, a imagem de Dia na se engrandece ainda mais. Camilla terá de começar do zero de novo para conquistar o povo e sua caixa de ressonância, a imprensa, e ninguém duvida de que voltará à discrição legendária, da qual estava apenas começando a sair.
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