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O Senado e a renovação de alianças em Sergipe
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Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe (PPGS/UFS), mestre pelo mesmo programa com sanduíche na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. É bacharela e licenciada em Ciências Sociais pela mesma UFS. Atualmente é pesquisadora colaboradora do Laboratório de Estudos do Poder e da Política (LEPP) e trabalha com os temas Família e Política, Grupos Dirigentes e Política Profissional

O Senado e a renovação de alianças em Sergipe

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Pâmella Synthia, professora doutora em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Pâmella Synthia, professora doutora em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe

Costumeiramente, Sergipe sempre apresentou nomes já bastante consolidados, ou que possuíam tradição na política familiar, como era o caso da atual senadora Maria do Carmo Alves, viúva do ex-governador João Alves Filho, que fechará seu último ano no cargo que ocupa desde 1999. Os outros dois senadores do estado encontram-se na disputa para o cargo de governador, que são Rogério Carvalho (PT) e Alessandro Vieira (PSDB), ambos eleitos no último pleito de 2018. Logo, os agrupamentos políticos necessitaram rever suas alianças dentro do espaço da política estadual.

Mesmo não tendo sido lançado oficialmente, o deputado federal Laércio Oliveira (Progressistas) se mostrou como a escolha do candidato ao governo Fábio Mitidieri (PSD), tendo sido chamado de "meu senador". Até chegar à escolha do nome de Laércio, houve muito confronto e desgaste, tendo em vista que o ex-governador Jackson Barreto (MDB) havia colocado o seu nome à disposição do agrupamento do seu antigo colega Belivaldo Chagas (PSD). Entretanto, a escolha foi de retirar a sua candidatura devido ao desalinhamento político-ideológico, haja vista o posicionamento pró-Bolsonaro de Laércio e de não aceitar candidatura dupla. Assim sendo, fechou apoio ao grupo petista que tem como candidato oficial ao Senado o ex-deputado federal Valadares Filho (PSB), apesar de que o candidato do Psol, Henri Clay, e seu antigo parceiro de chapa vem novamente para a disputa, agora em busca de renovar os votos obtidos em 2018, mas também fechado com Lula para a presidência.

A delegada Danielle Garcia (Podemos), que em 2020 se lançou como candidata à prefeita da capital sergipana e foi ao segundo turno contra Edvaldo Nogueira (PDT), agora lança o seu nome ao Senado, valendo-se do discurso de "diálogo com todos os agrupamentos", seja governista, seja de oposição. Antes somente conhecida em Aracaju, a candidata do Podemos hoje consegue circular mais facilmente pelo interior do estado, o que é mais que necessário para que os seus 109.823 votos obtidos no segundo turno sejam ampliados para todo o território sergipano. O que as últimas eleições em Sergipe vêm demonstrando é que o interior tem aumentado mais ainda a sua voz e se consolidando ao ditar os nomes vencedores. n

 

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