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2023 e a mulher na política sergipana
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Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe (PPGS/UFS), mestre pelo mesmo programa com sanduíche na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. É bacharela e licenciada em Ciências Sociais pela mesma UFS. Atualmente é pesquisadora colaboradora do Laboratório de Estudos do Poder e da Política (LEPP) e trabalha com os temas Família e Política, Grupos Dirigentes e Política Profissional

2023 e a mulher na política sergipana

Devido ao seu tamanho, Sergipe possui uma das menores representatividades: das 24 cadeiras na Assembleia Legislativa, somente 5 são ocupadas por mulheres. Uma pequena queda já que no mandato anterior havia 6 deputadas
Tipo Opinião
Pâmella Synthia, professora doutora em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Pâmella Synthia, professora doutora em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe

Ao comemorar o Dia Internacional da Mulher, todos nós acabamos por evidenciar o papel de "mulher guerreira", daquela que se divide em diversos papeis sociais como forma de se colocar em uma posição em que a sociedade venha a enxergá-la, apesar de que em muitas vezes, o reconhecimento não aparece.

Devido ao seu tamanho, Sergipe possui uma das menores representatividades: das 24 cadeiras na Assembleia Legislativa, somente 5 são ocupadas por mulheres. No pleito anterior, tínhamos 6 deputadas, havendo, então, uma redução. Todavia, ganhou-se em representatividade em outro grupo minoritário: Sergipe elegeu a sua primeira mulher trans para a Alese.

Assim como Quintina Diniz (professora e primeira mulher a ser eleita deputada em Sergipe), Linda Brasil (Psol) entrou para a história política do nosso estado, apesar de já ter cravado o seu nome como a primeira mulher trans a ser eleita para a Câmara de Vereadores de Aracaju.

E foi a partir de 2008 que passou a existir a "Medalha Deputada Quintina Diniz" em que se busca homenagear mulheres que, pela sua destacada atuação familiar, profissional, política ou social, especialmente na defesa dos direitos e da igualdade feminina, tenham-se tornado merecedoras do reconhecimento público da Assembleia Legislativa.

Dentre as demais deputadas eleitas em 2022, somente Maisa Mitidieri (PSD) possui experiência na política eletiva. Áurea Ribeiro, Carminha Paiva e Drª Lidiane estão em sua primeira legislatura (todas pelo Republicanos), porém o contato com a vida pública vem de antes, seja por meio familiar ou profissional.

O cenário na Câmara dos Deputados é bem diferente, tendo em vista que a primeira vez que uma mulher foi eleita para essa casa foi nesse mesmo pleito, entretanto, Sergipe elegeu duas representantes dentre as oito vagas e foi uma mulher quem obteve mais votos entre todos os eleitos. Yandra de André (UNIÃO) e Drª Katarina Feitosa (PSD) cravaram seus nomes na história política e ambas tem buscado alinhar suas atuações políticas pautadas na importância do papel da mulher na sociedade.

É evidente que nossa sociedade tem muito a mudar, mas um dos caminhos para que isso aconteça é a abertura de portas para uma maior representatividade feminina e, assim, caminharmos para tão sonhada Justiça Social.

 

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