O candidato a prefeito de Fortaleza, Heitor Férrer (SD), defendeu-se da acusação do concorrente Anízio Melo (PCdoB), de que ele “não se posiciona” sobre o presidente Jair Bolsonaro e, quando o faz “defende políticas bolsonaristas” para o Ceará. Ambos falaram na série de sabatinas que O POVO vem fazendo com os candidatos ao Executivo municipal.

Lógica
Para Heitor a ilação é “completamente sem lógica, sem racionalidade e irresponsável”, pois Anízio teria o propósito de tachar de bolsonaristas todos aqueles que não fazem parte do “arco de esquerda”. Ele disse que sua candidatura é “independente” e que ele não é “nem Lula, nem Bolsonaro”, porém “lúcido” quanto às propostas para melhorar Fortaleza.

Independente
De fato, Heitor Férrer sempre teve postura bastante independente, que alguns caracterizam até como individualistas, pela sua dificuldade em conformar-se com as diretrizes partidárias quando estas se chocam com as suas ideias. A sua movimentação partidária, que pode ser vista abaixo, deu-se exatamente por esses motivos - e não por qualquer tipo de oportunismo.

Propostas
Quanto às propostas para a cidade, disse que a sua prioridade absoluta é dar “emprego e renda para todas as pessoas” em primeiro lugar, e que o complemento disso seria investir mais em saúde, educação, moradia, esporte e lazer. Citou várias vezes a iniciativa privada como parceira para implementar os projetos.

Prefeitura
Médico por profissão, pela terceira vez Heitor Férrer (Solidariedade-SD) tenta chegar à chefia do Executivo de Fortaleza. Surpreendeu na primeira tentativa (2012), pelo PDT, ao ficar em terceiro lugar (com 20,97% dos votos), em uma disputa que levou ao segundo turno Elmano de Freitas (PT) e Roberto Cláudio (então no PSB), com a vitória deste último.

Nova disputa
Em 2016, Heitor volta a disputar, agora pelo PSB, obtendo apenas 7,04% dos votos, em uma eleição que levou ao segundo turno o Capitão Wagner (então no PR) e Roberto Cláudio (agora no PDT), que obteve a reeleição.

Férrer cumpriu três mandatos como vereador de Fortaleza e está no quinto mandato como deputado estadual, sendo uma dos parlamentares mais ativos na apresentação de projetos.

Partidos
Deixou o PDT quanto o grupo dos Ferreira Gomes (a quem faz oposição) entrou no partido, filiando-se ao PSB. Deixou o PSB pelo mesmo motivo que o levou a sair do PDT: a adesão do partido ao governo de Camilo Santana, petista aliado dos Ferreira Gomes. Desde então, permanece no Solidariedade.

PS. Mais sobre a sabatina.