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Cinco candidatos estão com 0% das intenções de voto; três disputam para valer
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Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Cinco candidatos estão com 0% das intenções de voto; três disputam para valer

Meus vizinhos de coluna, os colegas do O POVO Guálter George e Érico Firmo, já analisaram, com a competência de sempre, a pesquisa O POVO/Datafolha sobre a disputa pela chefia do Executivo municipal, abordando principalmente o ângulo dos três primeiros colocados: Capitão Wagner (Pros), com 33% das intenções de voto); Luizianne Lins (PT), com 24% e José Sarto (PDT), com 15%.

“Não pontuou”
Portanto, vou falar daqueles que, mesmo com a bola correndo, já estão praticamente fora do jogo. Dos 11 candidatos, cinco deles receberam o carimbo de "não pontuou", na terminologia da pesquisa, ou seja, não foram mencionados pelos eleitores: são eles: Anízio Melo (PCdoB), Samuel Braga (Patriota), José Loureto (PCO), Paula Colares (UP) e Heitor Freire (PSL). Nada indica que a situação vai melhorar para eles, em termos eleitorais.

À exceção de Heitor Freire, que sonhava com o apoio de Bolsonaro e idealizava uma versão da onda conservadora de 2018 nas eleições municipais, os demais candidatos, de saída, deveriam ter noção de que poucos votos arrecadariam. Por que, então se candidataram?

Razões
A esquerda normalmente responde a essa pergunta dizendo que quer tornar conhecido o programa do partido, um modo de arregimentar simpatizantes. Outros querem botar seu nome na pista pensando no futuro político: uma cadeira de deputado nas próximas eleições viria a calhar. Há ainda os que se candidatam pela vaidade de ser ver em meio a um desafio político de gente grande, ainda que em posição secundária. Pode ser ainda uma mistura dessas três razões.

Fama
Claro que esses candidatos “zerados” ganham seus minutinhos de fama nos jornais ou nas redes sociais. No entanto nenhum de seus objetivos, na maioria dos casos, se cumpre: o programa “revolucionário” não se dissemina; a candidatura parlamentar se derrete, e o vaidoso se decepciona, pois não sai do vale das sombras.

Um pouco menos mal na disputa, em uma espécie de zona de rebaixamento, estão outros três candidatos - Heitor Férrer (Solidariedade): 5%; Renato Roseno (Psol): 4% e Célio Studart (PV): 4%.

Portanto, apenas três candidatos estão pra valer no jogo eleitoral, em termos de vencer a disputa: Capitão Wagner, Luizianne Lins e José Sarto.

2º turno
E, quanto à análise de Wagner, dias atrás, ter aventando a possibilidade de ganhar a eleição no primeiro turno, foi apenas um devaneio de candidato. Como falta um mês para a eleição, o quadro é difícil de mudar, ainda que se possa esperar uma disputa renhida entre Luizianne e Sarto para ver quem disputará o segundo turno com Wagner

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