Eleições 2020 em Fortaleza: os preferidos do segundo turno
Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
Eleições 2020 em Fortaleza: os preferidos do segundo turno
A mais recente pesquisa Ibope sobre as eleições municipais em Fortaleza deve ter provocado tremores na campanha do Capitão Wagner (Pros). À frente em duas pesquisas O POVO/Datafolha, ele se vê agora, de acordo com o Ibope, em segundo lugar, com 27% das intenções de voto, empatado com a petista Luizianne Lins (24%), considerando a margem de erro de três pontos percentuais. José Sarto (PDT) está na liderança com 29%. Aliás, considerando-se a margem de erro, a posição dos três primeiros candidatos estão embaralhadas.
Do ponto de vista técnico, é equivocado comparar a pesquisa de um instituto com o de outro. No entanto, o movimento ascendente de Sarto e o de estagnação ou queda de Wagner e Luizianne, é captado por ambas as pesquisas. Caso se confirme um segundo turno sem Wagner, antecipo minha autocrítica, pois era uma possibilidade à qual eu desconsiderava.
Como as candidaturas mais abonadas costumam ter seus próprios levantamentos, é bem possível que esse cenário já estivesse desenhado para os candidatos. Por isso, a troca de acusações entre eles nos últimos dias.
A campanha de Sarto, por exemplo, faz um movimento em pinça. Enquanto o governador Camilo Santana ataca o Capitão Wagner, o candidato do PDT toma para ele mesmo o confronto com Luizianne, criticando as suas duas gestões no Executivo municipal.
Explodiu-se assim um suposto “pacto de não agressão” entre o PT e o PDT, com Luizianne tentando colar em Sarto a imagem de “candidato dos Ferreira Gomes”, para reforçar suposta rejeição desse grupo político em Fortaleza. Wagner usa a mesma tática.
Ao que parece um é o oponente preferido do outro no segundo turno. Para Wagner, porque Luizianne tem a maior rejeição e, supostamente seria mais fácil de ser derrotada. Para Luizianne, o benefício seria a possibilidade de unificar a centro-esquerda em torno de sua candidatura, contando com o apoio de seu correligionário, o governador Camilo Santana, que, neste primeiro turno, está apoiando Sarto. Para Sarto também seria mais confortável enfrentar o candidato de Bolsonaro.
A próxima pesquisa O POVO/Datafolha, que será divulgada amanhã, vai desenhar um pouco melhor a paisagem eleitoral.
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