Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
A novidade em José Sarto (PDT) chegar ao segundo turno em primeiro lugar, depois de começar a jornada eleitoral com um índice de 15%, abaixo de seus principais concorrente, é que não há novidade no resultado.
Disputará com ele o Capitão Wagner (Pros), com Luizianne Lins (PT) ficando como a terceira mais votada. (O leitor poderá ver os números detalhados nas reportagens publicadas hoje no O POVO sobre o assunto.)
Quem acompanha a eleição sabia que haveria crescimento de Sarto, devido ao apoio do grupo Ferreira Gomes, principalmente do prefeito Roberto Cláudio (PDT), cujo mandato é bem avaliada pelos fortalezenses. Reforçou a equipe de apoio o governador Camilo Santana, do PT, porém identificado com a política dos Ferreira Gomes.
A tática utilizada, com o governador atacando o Capitão Wagner - buscando colar nele a etiqueta de “líder de motim” dos policiais militares -, ao tempo em que Sarto criticava as administrações de Luizianne, mostrou-se certeira: conseguiu estancar o crescimento da candidatura de Wagner, que começou com 33%, mantendo-se estável nesse índice, ao tempo em que conseguiu afastar eleitores de Luizianne.
O segundo turno é uma nova eleição. Sarto terá curar as feridas provocadas por seus ataques a Luizianne para conquistar os votos destinados à petista. Porém, uma parte desses votos será transferido automaticamente a Sarto, independentemente de qualquer acordo.
Entre a esquerda deverá prevalecer a tática do “mal menor”. Entre deixar o campo livre para o candidato apoiado por Bolsonaro e um candidato do PDT - ainda que com este o PT viva entre tapas e beijos -, é bem possível que o eleitor petista fique com a última opção.
Fora isso, será preciso aguardar para ver qual será o comportamento adotado pelas campanhas. O PDT continuará com a linha de ataques diretos ao Capitão Wagner ou fará uma campanha mais propositiva? Wagner vai assumir-se como candidato de Bolsonaro (Marcelo Crivella fez isso no Rio com algum sucesso) ou vai continuar elidindo o apoio?
A propósito, o resultado da eleição confirmou o resultado da pesquisa O POVO/Datafolha.
Fatos e personagens. Desconstruindo a política. Acesse minha página
e clique no sino para receber notificações.
Esse conteúdo é de acesso exclusivo aos assinantes do OP+
Filmes, documentários, clube de descontos, reportagens, colunistas, jornal e muito mais
Conteúdo exclusivo para assinantes do OPOVO+. Já é assinante?
Entrar.
Estamos disponibilizando gratuitamente um conteúdo de acesso exclusivo de assinantes. Para mais colunas, vídeos e reportagens especiais como essas assine OPOVO +.