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Cinco milhões de "filhos" do Bolsa Família encontraram emprego formal
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Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Cinco milhões de "filhos" do Bolsa Família encontraram emprego formal

Pesquisa do IMDS revela que 44,7% dos jovens entre sete e 16 anos de idade, integrantes da primeira geração dos beneficiários do Bolsa Família (2005), estiveram empregados em algum momento entre 2015 e 2019

Estudo do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS) mostra que, ao contrário do que diziam e dizem seus detratores, o programa Bolsa Família não é um incentivo à acomodação e muito menos um prêmio a "vagabundos", como propagandeava um obscuro deputado de nome Jair Bolsonaro, com desculpa da má palavra, então destacado militante contra o benefício.

Os dados revelam ainda que, diferentemente do que lamentam os “liberais”, o programa cria “portas de saída” que são acessadas por integrantes de famílias que experimentam certa ascensão social a partir do momento que conseguem satisfazer suas necessidades básicas.

O instituto fez um levantamento a respeito da primeira geração de dependentes do Bolsa Família que, em 2005, tinham entre sete e 16 anos de idade. Cruzando dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), que registra empregos formais, com os do Cadastro Único (CadÚnico), que relaciona os beneficiários de todos os programas sociais do governo federal, o IMDS chegou à seguinte conclusão: cerca de 5,2 milhões dos 11,600 milhões dependentes do benefício, nessa primeira turma, apareceram pelo menos uma vez na Rais. Ou seja, deixaram de depender do programa por terem encontrado um emprego com carteira assinada.

Em termos percentuais, quanto ao mercado de trabalho, entre 2015 e 2019, ocorreu o seguinte com os que formaram a primeira geração do Bolsa Família (2005)

55,3% não foram encontrados na Rais.
15,3% foram encontrados na Rais em até dois anos.
29,4% foram encontrados em registros da Rais por três anos ou mais.

Resumindo, 44,7% dos “filhos” do Bolsa Família conseguiram, em algum momento, emprego formal entre os anos de 2015 e 2019. Em números absolutos, como anotado acima, foram 5,2 milhões de pessoas que se empregaram.

Esses números significam que é necessário persistência com os programa socias que, a cada estudo, mostram a sua relevância para a construção um País mais justo.

Para ver o estudo completo do IMDS.

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