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A degeneração moral do governo israelense
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Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

A degeneração moral do governo israelense

Dentro de Israel, aumentam as manifestações contra Netanyahu, levando dezenas de milhares de pessoas às ruas. O principal jornal israelense, o Haaretz, publicou editorial pedindo que o primeiro-ministro vá embora, como seu "governo grotesco"

A matança na Faixa de Gaza continua e não há sinais de que o criminoso de guerra, Benjamin Netanyahu, irá parar, mesmo estando cada vez mais isolado. Acuados, extremistas ficam mais perigosos, aumentando as atrocidades que cometem. O primeiro-ministro pretende invadir a cidade de Rafah em sua escalada de terror, que já deixou um rastro de mais de 32 mil mortes, a maioria crianças e mulheres, e 75 mil feridos. Depois que um bombardeio assassinou sete integrantes de uma organização que distribuía comida em território palestino, Netanyahu declarou que “isso acontece na guerra”

Mas um baque para o governo israelense foi a aprovação, pelo Conselho de Segurança da ONU, de um cessar-fogo “imediato” na Faixa de Gaza. A resolução, que também exige a liberação imediata dos reféns pelo Hamas, foi aprovada sem nenhum voto contrário. Contou apenas com a abstenção dos Estados Unidos, que poderia vetá-la, como o fez em outras ocasiões.

Em outra frente, a relatora especial da ONU para os territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese, publicou relatório dizendo haver “motivos razoáveis” para sustentar que existe um genocídio na Faixa de Gaza.

Dentro do país, aumentam as manifestações contra o governo, levando dezenas de milhares de pessoas às ruas. O principal jornal israelense, o Haaretz (29/3/2024), publicou editorial pedindo que o primeiro-ministro vá embora, como seu “governo grotesco”. Israel perdeu qualquer ascendência moral reivindicada depois do ataque terrorista do Hamas em seu território, que matou mais de 1.400 pessoas.

A carnificina patrocinada pelo governo de extrema direita de Netanyahu, sem poupar ao menos crianças, e a degeneração de suas tropas expõem o horror a que é submetido o povo palestino.

Soldados israelenses divulgaram em redes sociais vídeos e fotos “brincando” com roupas íntimas de mulheres palestinas, possivelmente mortas por eles. Em uma fotos um soldado segura uma calcinha e a aproxima da boca de um colega. Em um vídeo, um militar segura um manequim feminino, vestida com sutiã e capacete, e diz: “Encontrei uma linda esposa, relacionamento sério em Gaza, uma ótima mulher”.

É repulsivo; é falta de um mínimo senso de humanidade.

 

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