Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
Pelo histórico do ex-presidente não é surpresa a quantidade acachapante de evidências mostrando que Bolsonaro e seus camaradas, fardados ou não, estiveram diretamente implicados nos preparativos e execução de um golpe de Estado
Tive a certeza de que um golpe se aproximava no Brasil desde que Jair Bolsonaro começou a militar na política, como deputado federal. As declarações que expeliu durante sua carreira não permitem avaliação diferente dessa, mas muito demoraram a enxergar; outros, como os partidos de direita que se dizem democráticos, preferiram se aproveitar da situação a enfrentar um candidato a ditador.
Desde o princípio de sua infame jornada, Bolsonaro trabalhou com afinco para desmoralizar as instituições. Clamou pela volta ditadura, defendeu a tortura e torturadores, e ameaçou se morte adversários pólicos, que ele considera inimigos, como Fernando Henrique Cardoso e a “petralhada”.
Quando concorreu pela primeira vez à Presidência, muitos analistas políticos avaliam que, caso eleito, Bolsonaro se enquadraria na institucionalidade, devido ao “peso” da faixa presidencial. Também argumentavam que as “loucuras” que ele falava não seriam postas em prática.
Desde então, a partir de diferentes fatos, escrevi 13 textos, abordando o perigo de golpe representado pelo bolsonarismo, incluindo o alerta quanto aos acampamentos em frente aos quartéis, em protesto contra a eleição de Lula. Movimento tolerado, se não incentivado, por militares.
Portanto, não julgo surpreendente a quantidade acachapante de evidências mostrando que Bolsonaro e seus camaradas, fardados ou não, estiveram diretamente implicados nos preparativos e execução de um golpe de Estado.
Vamos ver se agora se a direita, aquela que posa de “centro”, e se diz civilizada, terá coragem de confrontar Bolsonaro ou vai continuar tramando para manter no escurinho os R$ 50 bilhões de emendas parlamentares.
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