Um preso e outro foragido, prefeitos que não tomaram posse
Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
Um preso e outro foragido, prefeitos que não tomaram posse
Destaque-se a atuação rigorosa do Ministério Público e da PF, mas partidos políticos precisam fazer a sua parte. Até agora, por exemplo, o PSB, não veio a público para dizer quais providências tomará quanto aos seus filiados envolvidos nas possíveis falcatruas
Pode-se considerar que a pré-campanha para as eleições presidenciais de 2026 começou no dia 1º de janeiro de 2025, com a posse dos prefeitos eleitos. Os sinais foram claros, principalmente nas capitais.
Na província, o que chamou a atenção, ou pelo menos deveria, foi o fato de dois prefeitos eleitos terem sido impedidos de tomar posse, pois a Justiça lhes mordem os calcanhares. Um desses indigitados está preso; outro se encontra “foragido”.
Além disso, a Polícia Federal (PF) investiga um mecanismo de compra de votos e manipulações em pelo menos 51 cidades do Ceará. Considerando que o Estado tem 184 municípios, imaginem o tamanho do estrago.
Prefeito eleito de Choró, Bebeto Queiroz (PSB) foi impedido de tomar posse pela Justiça Eleitoral. Ele é suspeito de integrar uma organização criminosa para cometer crimes e lavar dinheiro, a partir de contratos de prefeituras com empresas de fachada
Ele já havia sido preso uma vez, foi solto, e sumiu, encontrando-se agora em lugar incerto e não sabido, com mandado de prisão em aberto.
Prefeito reeleito de Santa Quitéria, José Braga Barroso (PSB), o Braguinha, teve o caminho para a posse interceptado pela PF, e foi em cana. Ele é investigado sob a suspeita de participar de uma facção criminosa com origem no Rio de Janeiro, que teria atuado em favor da sua chapa nas eleições municipais.
Mas a Prefeitura continuará, digamos assim, em casa, pois o filho de Braguinha, Joel Barroso (PSB), assumiu o Executivo municipal, na qualidade de presidente da Câmara dos Vereadores. Esperemos que, nesse caso, o ditado “tal pai, tal filho” esteja errado.
Quanto à manipulação das eleições em meia centena de cidades cearenses, está envolvido o deputado Júnior Mano (PSB-CE), com “papel central” na trama, segundo a PF. Os “negócios” de Mano vão desde a compra de votos, até participação em desvios de recursos oriundos de emendas parlamentares, anota reportagem do Uol.
Destaque-se a atuação rigorosa do Ministério Público e da PF, mas partidos políticos precisam fazer a sua parte. Até agora, por exemplo, o PSB, não veio a público para dizer quais providências tomará quanto aos seus filiados envolvidos nas possíveis falcatruas.
Conheça a história das posses: Mudanças nas datas, coroações e ameaças | O POVO NEWS
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