Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
De joelhos (para evitar uma expressão mais explícita), bolsonaristas lambem as canelas de Donald Trump, o líder supremo da extrema direita mundial
Falta vergonha na cara aos “patriotas” que defendem Donald Trump na crise migratória. A quem dispõe de um mínimo de dignidade, bastaria lembrar que ele trata imigrantes, brasileiros inclusos, como “animais”, “selvagens” e “criminosos”.
De joelhos (para evitar uma expressão mais explícita), bolsonaristas lambem as canelas de Donald Trump, o líder supremo da extrema direita mundial.
Não importa se nesses voos macabros a mão de Trump esteja maltratando CRIANÇAS, humilhando, agredindo, algemando, acorrentando e torturando brasileiros. O único crime deles foi partir para a “terra da liberdade” em busca do “sonho americano”, que se revela amargo pesadelo.
Agora a oposição a Lula quer levar o caso para o campo das “narrativas”.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou a rede X para dizer que a esquerda “pouco se importa” com a prisão de ”mães de família”, condenadas pelos ataques de 8 de janeiro, “mas agora se diz compadecer com os deportados”.
Outro filho do ex-presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) considerou “hipocrisia” o comportamento do “esquerdismo”.
Ora, ainda que se desse razão aos Bolsonaros e bolsonarianos, qual a posição deles frente à selvageria com que brasileiros são tratados pelo governo Trump?
Ou, para eles, dois erros fazer um acerto, ou que um equívoco compensa outro?
Usam também o argumento de que outros voos já trouxeram imigrantes brasileiros dos Estados Unidos sem que chamasse a atenção.
É verdade, mas nunca foi divulgado que nos traslados anteriores teria havido maltrato e agressões contra os passageiros.
Os voos de deportação de imigrantes brasileiros que vivem nos Estados Unidos foi negociado em 2017, durante os governos de Michel Temer (MDB-SP) e de Donald Trump, em seu primeiro mandato.
Desde então, passando pela presidência de Joe Biden, foram realizados 94 voos, que repatriaram cerca de oito mil brasileiros. Do total, 32 voos aconteceram durante o governo Lula, trazendo mais de 3.500 nacionais.
O pacto assinado entre os dois países tem o objetivo de facilitar o retorno ao Brasil de pessoas processadas nos Estados Unidos por entrarem ilegalmente no país, sem mais possibilidade de recurso. O texto do acordo garante tratamento digno aos deportados.
É mentira, portanto, a acusação genérica de “criminosos” que Trump faz contra eles, como se fossem assaltantes, estupradores e assassinos.
Proceder como Trump vem procedendo, faz parte da tática da extrema direita — como fazem os governos de característica fascista — de inventar um “inimigo interno” para arrochar o autoritarismo.
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