Desaprovação é alta, mas Lula continua competitivo
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Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
Desaprovação é alta, mas Lula continua competitivo
O presidente ainda lidera as intenções de voto para a eleição do próximo ano, considerando-se o primeiro turno
Foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva
O que vale é a versão, o fato é secundário. Em política sempre funcionou assim, mas com o surgimento das redes sociais, essa máxima atingiu o paroxismo. Como se usa dizer agora, prevalece quem elabora a melhor “narrativa”.
E é cada vez mais fácil — para quem domina o uso das redes e padece da falta de escrúpulos — emplacar um “fato alternativo”, que prescinde da realidade.
Chega, portanto, às raias da inutilidade o discurso petista, querendo dividir a fraude dos descontos no INSS com presidentes anteriores, quando já “pegou” a percepção de que a responsabilidade cabe exclusivamente ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Do mesmo modo que tornou-se “verdade” que um ajuste burocrático no sistema pix seria usado pelo governo para “perseguir” pequenos empreendedores, quando o objetivo era aumentar a regulação dos bancos digitais.
Esses eventos refletiram-se pesadamente na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, levando o governo às cordas.
A pesquisa é interessante, ao mostrar que, passada a crise do pix, a queda da aprovação estancou-se, em abril. Mas a desaprovação voltou a subir em junho, quando o governo foi atingido em cheio com a fraude dos descontos no contracheque dos aposentados e pensionistas do INSS.
A situação do governo Lula está assim: desaprovação 40%; aprovação 28%.
Mas, segundo o Datafolha, Lula ainda lidera as intenções de voto para a eleição presidencial do próximo ano, considerando-se o primeiro turno. Nas simulações apresentadas, ele fica à frente de seus adversários, inclusive disputando contra Bolsonaro e Tarcísio de Freitas.
Quanto ao segundo turno, se a disputa fosse com Bolsonaro, a pesquisa aponta empate técnico, com 45% para Bolsonaro e 44% para Lula.
Na disputa com Tarcísio, o presidente ficaria com 42% e o governador de São Paulo com 43%,
Com Michele Bolsonaro, ela teria 42% e Lula 46%.
Observa-se um descolamento mostrando que, mesmo mal avaliado, o presidente continua um candidato competitivo. Como o jogo ainda está sendo jogado, é difícil qualquer previsão.
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