Prisão de Bolsonaro, uma resposta aos provocadores
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Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
Prisão de Bolsonaro, uma resposta aos provocadores
A direção da Câmara dos Deputados assiste a tudo de camarote, sem ao menos convocar Eduardo Bolsonaro a dar uma explicação sobre a inversão de valores praticada por ele. Um deputado eleito para defender os interesses do povo brasileiro, que se põe a serviço de uma potência estrangeira
Uma provocação para testar os limites da institucionalidade é o que pode explicar o comportamento dos bolsonaristas quando desrespeitam abertamente ordens do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-presidente Jair Bolsonaro, ao desobedecer decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF, age da mesma maneira — guardadas as particularidades — dos que fugiram para a Argentina; do que fez o senador Marcos do Val ao desafiar as ordens do Supremo ao viajar para fora do Brasil e da deputada Carla Zambelli, que fugiu para a Itália.
As explicações para o desrespeito são debochadas, como as do senador Do Val, que gravou um vídeo de um parque em Orlando (EUA), oferecendo explicações para a sua viagem "Não estou fugindo, estou curtindo".
Zambelli, condenada por invasão ao sistema de informática do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), fugiu do país alegando "perseguição política". Ela foi presa na Itália e aguarda um pedido de extradição feito pelo Brasil.
Jair Bolsonaro apela para a mesma alegação, sentindo-se um “perseguido”como se ele fosse um perfeito inocente diante da tentativa de golpe, da qual participou ativamente, como demonstram volumosas evidências.
Para os bolsonaristas, as instituições não têm o direito de se defender e a democracia pode ser feita de gato-sapato, suportando as agressões que lhes são dirigidas, sem reclamar, até o Brasil chegar à situação de "terra arrasada" augurada por Eduardo Bolsonaro, para aplacar sua vingança.
Mas é de se reconhecer que a desobediência com o intuito de provocar é uma espécie de xeque, do qual é difícil de escapar. Se não se responde a eles, aplicando a lei, tendem a crescer. Se as providência para cessar a agressão são tomadas, a oposição grita “perseguição!”, “censura!”.
De qualquer modo, faz mais efeito reagir, pois não haverá modo de contentar a extrema direita, que milita pelo caos.
Enquanto isso, direção da Câmara dos Deputados assiste a tudo de camarote, sem ao menos convocar Eduardo Bolsonaro a dar uma explicação sobre a inversão de valores praticada por ele. Um deputado eleito para defender os interesses do povo brasileiro, que se põe a serviço de uma potência estrangeira.
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