Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
Para ser viável como candidato a presidente, o governador de São Paulo precisa do apoio da direita (Centrão), da elite industrial e financeira e da extrema direita
Foto: Rosinei Coutinho/STF
Jair Bolsonaro e sete aliados compõem o Núcleo 1 da trama golpista e são julgados no STF
É fora de dúvida que o ex-presidente Jair Bolsonaro será condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como chefe de uma tentativa de golpe de Estado. Isso vai acontecer, não por uma suposta perseguição política, mas porque existe uma montanha de provas que levam a esse desfecho.
Fora de eleições, ele já está, até o ano 2030, condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Se receber nova condenação agora, pelo STF, além do aumento do prazo de inelegibilidade, estará na prisão em 2026, portanto sem condições de atuar diretamente nas eleições presidenciais.
No entanto, a realidade mostra que Bolsonaro — em qualquer situação, independentemente de suas contradições, do que faça ou diga — tem um percentual de votos que varia entre 15% e 18%. Assim, qualquer candidato de direita, para apresentar-se competitivo eleitoralmente, precisa desse capital político.
A pergunta, portanto, é: quem substituirá Bolsonaro, com as bênçãos do próprio?
Ele, na época, podia não estar pensando nas eleições presidenciais de 2026, mas pretendia criar uma imagem de um político moderado e confiável, talvez garantindo sua reeleição a governador. No entanto, o cavalo agora ameaça passar selado à porta do Palácio dos Bandeirantes.
Por isso, Tarcísio busca ganhar (ou reconquistar) a confiança de Bolsonaro, afirmando não confiar na Justiça — e que concederia indulto ao ex-presidente, caso chegasse à Presidência. Para complementar articula no Congresso uma anistia aos golpistas.
Ele quer o melhor de três mundos: o apoio da direita (Centrão), da elite industrial e financeira e da extrema direita.
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