
Rachel Gomes é jornalista, mãe da Serena e da Martina e produz podcasts de maternidade há cinco anos. Em 2022, deu início ao MamyCast, primeiro podcast de maternidade do Ceará, onde aborda pautas informativas sobre maternidade, gestação e infância
Rachel Gomes é jornalista, mãe da Serena e da Martina e produz podcasts de maternidade há cinco anos. Em 2022, deu início ao MamyCast, primeiro podcast de maternidade do Ceará, onde aborda pautas informativas sobre maternidade, gestação e infância
Durante tumultuada sessão na Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira, a deputada do PL de Santa Catarina, Júlia Zanatta, protagonizou uma cena que chamou atenção por diversos aspectos e gerou repercussão negativa nacionalmente.
Ao saber que haveria tumulto na sessão de abertura dos trabalhos na Câmara, após um dia de obstrução da pauta por parte dos deputados, colegas dela, bolsonaristas, resolveu então levar a filha de 4 meses para este lugar. Repito: um lugar onde sabia que haveria tumulto.
O episódio causou revolta (inclusive da parte desta colunista) ao ouvirmos o choro do bebê que foi levado pela própria cuidadora principal à Casa, com o claro objetivo de "usar a criança como escudo", como admitiu a própria deputada em suas redes sociais.
Há um movimento já de deputados que falam em acionar o Conselho Tutelar, muito mais em um ato simbólico do que prático, já que sabemos que devido aos privilégios da deputada, consequências mais sérias não serão encaminhadas.
O que podemos tirar desse triste episódio é que presenciamos o auge da perda de respeito mínimo às nossas crianças (no caso, um bebê). Onde usamos a vulnerabilidade e fragilidade de um ser recém-nascido para pressionar, impresionar e proteger uma pauta política de um grupo específico, que, convenhamos, usa de estratégias anti-democráticas para pedir democracia num completo paradoxo da atualidade.
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