Editor-executivo de Economia, é especialista em Teorias da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará e mestre em Psicologia pela Universidade de Fortaleza. É vencedor de vários prêmios de jornalismo, como o Petrobras, Anac e ABCR.
O consumo de combustíveis já acumula queda de 13,1% no Ceará neste ano, algo que pode ser explicado pela crise econômica em razão da pandemia do novo coronavírus. De janeiro a maio deste ano, foram vendidos 1,16 milhão de metros cúbicos (m³) de combustíveis no Estado, contra o volume de 1,34 milhão de m³ observado em relação a igual período de 2019.
Na comparação com abril (182,13 milhões de m³), porém, houve aumento de 4,8% no consumo em maio (190,91 milhões de m³). Mas, frente a maio de 2019, quando o volume comercializado em solo cearense fechou em 273,89 milhões de m³, as vendas foram 30,2% menores.
A retração no mercado de combustíveis do Ceará neste ano, até o momento, está consideravelmente acima da média nacional. Segundos dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as vendas caíram 8,8% no primeiro semestre de 2020, totalizando 51,44 milhões de m³ no Brasil. De janeiro a maio do ano passado, o número fechou em 56,40 milhões de m³.
No Estado, de janeiro a maio, todos os combustíveis monitorados pela ANP registram queda no consumo, com exceção do gás liquefeito de petróleo (GLP), ou gás de cozinha, cujas vendas tiveram leve aumento de 2%. Por outro lado lado, houve retração nas vendas de etanol (-14,3%), gasolina (-15,3%), diesel (-11,1%), gasolina de aviação (-25,2%) e querosene de aviação (-36%).
A expectativa é que os números de junho, que ainda não foram divulgados pela ANP, sejam melhores, considerando o início da flexibilização do isolamento social e o retorno gradativo das atividades econômicas, tanto no Ceará quanto em outros estados brasileiros.
No País, assim como ocorreu no mercado cearense, apenas as vendas de gás de cozinha foram positivas, com crescimento de 3%. O aumento pode ser justificado pelo fato das famílias estarem passando mais tempo em casa e utilizando o fogão com mais frequência para cozinhar. Quanto aos outros, o consumo de etanol caiu 15,5%, gasolina (-11,6%), gasolina de aviação (-19,1%), diesel (-3,3%) e querosene de aviação (-37,9%).
Todos os combustíveis registram queda no consumo, de janeiro a maio, com exceção do gás de cozinha
Pardal Sorvetes aumenta número de distribuidores com crescimento dos pedidos via delivery durante a pandemia
Delivery
Com o isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus, a cearense Pardal Sorvetes intensificou o investimento em delivery. Antes da crise, a empresa tinha apenas dois distribuidores cadastrados nas plataformas Ifood, Rappi, Uber Eats e James. Hoje, são dez distribuidores que atuam em cada um dos quatro aplicativos de entrega, além da plataforma própria lançada pela Pardal em maio deste ano.
Com a atualização, os clientes podem receber os pedidos em qualquer bairro de Fortaleza e Região Metropolitana, tendo à disposição 50 canais de vendas dos produtos. Com o aumento da demanda pelo delivery, alguns distribuidores geraram novos empregos diretos, além de empregos indiretos abertos por meio da Bee Delivery, empresa terceirizada de entregas.
Mesmo com a pandemia, o faturamento da Pardal cresceu 6% nos meses de abril e março deste ano, na comparação com igual período de 2019. Os clientes podem baixar os aplicativos de entrega pelo Google Play e App Store. O delivery é feito diariamente, das 10 às 22 horas.
Efeito do isolamento social
Com as famílias passando mais tempo em casa por conta do isolamento social, em razão da pandemia do novo coronavírus, o fogão passou a ser ainda mais utilizado nos lares brasileiros para o preparo de alimentos. O maior número de pessoas em home office ou estudando a distância tem sido favorável para segmentos como o de supermercados.
Nos Mercadinhos São Luiz, por exemplo, as vendas de produtos gourmet cresceram consideravelmente desde o início da crise de Covid-19, que teve início em março. A rede cearense de supermercados registou aumento em diferentes produtos, a exemplo do filé mignon e camarão (100%), queijos e presuntaria fina (40%) e vinhos (60%).
De olho na crescente demanda do consumidor por esses itens, o São Luiz realiza até hoje a segunda edição do Festival Costume Gourmet, em parceria com diferentes empresas. O evento, que começou ontem, ocorre das 10 às 17 horas pelo do YouTube e conta com a participação de chefs e influenciadores da área de culinária. No ano passado, a ação foi realizada no shopping RioMar Fortaleza e contou com a presença de quase 6 mil pessoas.
Por conta do isolamento social, Natura amplia canais de vendas online de suas consultoras
Compras online
A jornada de digitalização do modelo de negócio da Natura no Brasil foi determinante para garantir as atividades das consultoras neste período de pandemia do novo coronavírus. O Ceará, por exemplo, teve aumento de 134,5% na abertura de espaços digitais. No plataforma virtual da Natura, o cliente acessa a página pessoal da consultora, seleciona os produtos e realiza o pagamento. Ao vender pela internet, a comissão é creditada diretamente em uma conta digital da consultora. A Natura, por sua vez, faz a entrega dos itens ao consumidor.
Hoje, mais de 70% das consultoras estão engajadas na plataforma da Natura, que disponibiliza treinamentos e soluções digitais para manter o negócio circulando. O Ceará conta com engajamento de 73%. Outra ferramenta importante é o "Minha Divulgação", que permite a personalização de produtos e acesso ao contato da consultora. As imagens podem ser divulgadas pelas redes sociais.
Recentemente, a Natura lançou sua revista interativa, em que o cliente consegue selecionar os produtos diretamente nas imagens do portfólio. O pedido pode ser finalizado pela própria consultora ou pelo consumidor.
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